A Microsoft e Atom Computing anunciaram durante o Microsoft Ignite a comercialização de computadores quânticos com mais de 1.000 qubits físicos já no próximo ano, o que contribuirá para transformar aplicações em áreas como inteligência artificial, criptografia e modelagem de materiais.
As empresas anunciaram também a criação e o entrelaçamento de 24 qubits lógicos utilizando átomos neutros mantidos no lugar por laser, um avanço significativo rumo à computação quântica tolerante a falhas, defendem as empresas.
Este é o maior número de qubits lógicos entrelaçados já registado, representando um passo essencial para a execução de algoritmos quânticos de alta precisão, explica a Microsoft. É necessário um certo número de qubits físicos para criar o qubit lógico que pode então ser utilizado para executar algoritmos quânticos.
Além do recorde, o sistema conseguiu detetar quando um dos átomos neutros que constituem um qubit físico desaparecia e de o corrigir repetidamente.
O novo computador quântico de última geração, construído a partir do hardware de átomos neutros da Atom e do sistema de virtualização de qubits da Microsoft, que se integra no Azure Elements, será a novidade comercial das empresas no próximo ano.
Segundo a Microsoft, é um “conjunto científico abrangente que combina qubits lógicos, HPC na nuvem e modelos avançados de IA que, em conjunto, permitem a exploração em vários domínios, incluindo a química e a ciência dos materiais, enquanto proporcionam oportunidades de qualificação e educação”.
A oferta permitirá a exploração de aplicações quânticas, mas também a criação de novos conjuntos de dados pelo computador quântico que podem ser utilizados para treinar modelos de IA para melhorar o desempenho ou a precisão.
A Microsoft e a Atom Computing criaram 20 qubits lógicos feitos a partir de 80 qubits físicos e executaram com êxito o algoritmo Bernstein-Vazirani.
Este é um algoritmo quântico clássico concebido na década de 1990 que é uma demonstração dos poderes da sobreposição (a capacidade do qubit de ser simultaneamente zero e um) e da interferência, que aplica transformações que fazem com que diferentes partes da sobreposição interfiram entre si de formas úteis. O desafio é encontrar um código secreto que seja uma sequência de zeros e uns, explica o site TechCrunch.
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