Desde que o Governo chinês apertou o cerco no acesso aos videojogos a menores, impondo leis pesadas no que diz respeito ao seu consumo, de um lado estão as empresas decididas em cooperar, por temerem uma mão ainda mais pesada para o caso. Do outro estão os jovens frustrados e a manifestarem um sentido de rebeldia ao respeito às regras e procuram formas de as contornar.
O Governo já se pronunciou, referindo que quer todos os meios de contorno fechados, para que se mantenha a proibição de jogar mais que três horas semanais. Ou melhor, uma hora na sexta, sábado e domingo, sendo os restantes dias proibido. Uma medida introduzida para combater o vício dos videojogos entre os mais novos.
Segundo avança a Reuters, em algumas plataformas online de negócios, estão a ser vendidas e alugadas contas de jogos, capazes de ultrapassar as limitações impostas pelas regras e aceder sem restrições. “Isto significa que existem contornos para os jovens entrarem nos jogos online, que é merecedor de atenção”, salientou um membro do Governo ao jornal People’s Daily, esta segunda-feira.
As empresas ligadas ao sector têm cumprido as regras com rigor, impedindo os menores de comprarem, venderem ou alugarem as suas contas. Recentemente, a JD.com, a segunda maior plataforma de e-commerce da China deixou de vender 86 jogos devido às novas regras. Títulos populares como FIFA 21, The Last of Us 2 e até Super Mario Maker 2 foram retirados do catálogo.
Também as escolas e familiares foram chamadas à atenção para criar um ambiente saudável para o crescimento de menores e não facilitarem o acesso aos videojogos. Há testemunhos de jogadores menores que estão a utilizar as identidades dos seus pais para registarem contas de jogos online, o que torna as imposições ineficazes.
Oficialmente, para controlar que as regras sejam cumpridas, as plataformas têm de registar os jogos e o respetivo acesso, com a identificação dos utilizadores, procurando assim barrar os menores fora do período autorizado. E como alguns jogos não podem ser registados oficialmente no sistema da empresa, torna-se difícil de controlar quem joga em offline, por exemplo.
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