De acordo com os investigadores, o estudo, afirma-se como o primeiro do seu tipo a demonstrar que um algoritmo de IA consegue detetar várias doenças cardíacas usando apenas dados recolhidos por um sensor de ECG simples, que regista os sinais elétricos do coração através de dois pontos de contacto, como o pulso e o dedo.

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“Milhões de pessoas usam smartwatches e, atualmente, estes equipamentos servem sobretudo para detetar problemas no ritmo cardíaco, como a fibrilhação auricular”, explica Arya Aminorroaya, autor principal do estudo e médico no Yale New Haven Hospital, citado em comunicado.

Por outro lado, existem certos tipos de doenças cardíacas requerem exames, como eletrocardiogramas, com equipamentos especializados para serem identificadas. Com este estudo, os investigadores decidiram averiguar se os smartwatches também poderiam ajudar a detetar mais cedo estas doenças antes de evoluírem para problemas ainda mais críticos.

A partir de dados de mais de 266 mil eletrocardiogramas avançados, os investigadores desenvolveram um algoritmo de IA, criando depois um modelo capaz de identificar as doenças cardíacas em questão usando apenas um sensor de ECG simples.

Nos testes feitos em ambiente hospitalar com sensores de  ECG simples, o algoritmo conseguiu alcançar uma taxa de precisão de 92%, identificando corretamente quase todas as pessoas com ou sem doenças cardíacas. Ao repetirem os testes com smartwatches, o sistema manteve um desempenho elevado, com uma taxa de precisão de 88%:

Como realça Rohan Khera, também autor do estudo, por si só, um sensor de ECG simples é limitado e não substitui os exames realizados em contexto clínico. No entanto, com a ajuda da IA, pode tornar-se uma “ferramenta poderosa” para detetar doenças cardíacas. Segundo o investigador, tal poderá permitir a realização de "rastreios precoces em grande escala, usando equipamentos que muitas pessoas já têm".

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