Nos últimos dias Portugal tem sofrido com a vaga de calor deste final de verão, aumentando o número de incêndios no norte do país. As nuvens de fumo já chegaram ao Atlântico e até foram captados pelos satélites da NASA. A Google pretende contribuir para a prevenção e combate aos incêndios, tendo investido na constelação de satélites FireSat, gerida por uma organização sem fins lucrativos chamada Earth Fire Alliance (EFA). A constelação é apontada como a primeira dedicada a detetar e a rastrear incêndios.

Satélites da NASA mostram nuvem de fumo gigante dos incêndios em Portugal
Satélites da NASA mostram nuvem de fumo gigante dos incêndios em Portugal
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O que distingue estes satélites dedicados de outros que já executam essa missão é o detalhe e rapidez de ação. Segundo refere a Google no seu blogue, esta constelação tem como objetivo ter 50 pequenos satélites em baixa órbita terrestre para apontar um fogo tão pequeno como uma sala de escola de 5 metros quadrados, em qualquer parte do mundo.

A organização filantrópica da Google anunciou um investimento de 13 milhões de dólares na constelação. Anteriormente, a Google já tinha contribuído com tecnologia, nomeadamente sensores de infravermelhos para os satélites. O primeiro satélite será lançado no próximo ano, seguindo-se um conjunto de outros tantos para tornar a rede operacional em 2026.

FireSAT
FireSAT

Com a ajuda da FireSat, as autoridades vão ter imagens de alta-resolução que são atualizadas globalmente a cada 20 minutos, ajudando a responder aos incêndios antes que estes se tornem perigosos.

Para validar os modelos de IA que ajudam os satélites a detetar os fogos, a Google testou-os em áreas de incêndios controlados. Depois da constelação estar a funcionar, o FireSat vai dar informações quase em tempo real sobre a localização, o tamanho e a intensidade dos incêndios no seu início para ajudar os bombeiros e agentes de emergência a responderem mais rapidamente e de forma eficaz. Os dados dos incêndios serão também armazenados numa base de dados global para ajudar a Google e os cientistas a melhorarem os modelos.

Veja o vídeo: