A informação foi partilhada num longo post ontem publicado na rede X (antigo Twitter), mostrando que Marte continua a fazer parte dos planos de Elon Musk e que o objetivo é acelerar a exploração do Planeta Vermelho, ao contrário do que está a acontecer com a NASA, que adiou o lançamento da missão Artemis para setembro de 2026.
Elon Musk avança que a SpaceX vai lançar cinco missões não tripuladas para Marte nos próximos dois anos, e que se aterrarem com sucesso existe possibilidade de enviar missões tripuladas no espaço de quatro anos. "Se encontrarmos desafios as missões tripuladas serão adiadas mais dois anos", sublinha.
Ainda no início deste mês o calendário que foi avançado apontava para duas missões não tripuladas nos próximos dois anos, sendo que antes tinha sido adiantado que as primeiras missões tripuladas poderiam aterrar em Marte nos próximos sete anos. A SpaceX conta com o foguetão Starship para estas missões, e depois do desenvolvimento ter encontrado alguns problemas e falhas técnicas, em junho o lançamento foi bem sucedido.
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No mesmo post, o empresário dono da SpaceX lembra que só é possível viajar para Marte de dois em dois anos, tirando partido do alinhamento com a Terra. "Isto aumenta a dificuldade da tarefa mas também serve para imunizar Marte de muitos eventos catastróficos na Terra", adianta ainda na mesma mensagem.
Apesar das cautelas, Elon Musk acrescenta que, independentemente do sucesso das missões não tripuladas, "a SpaceX vai aumentar exponencialmente o número de missões para Marte em cada oportunidade" .
"Queremos permitir a todos os que queiram ser viajantes espaciais viajar até Marte", adianta Elon Musk, antecipando que podem existir milhares de Starships a viajar para Marte.
"A questão existencial fundamental é se a humanidade se tornará multiplanetária de forma sustentável antes que aconteça alguma coisa na Terra para evitar que isso, por exemplo, uma guerra nuclear, um supervírus ou um colapso populacional que enfraqueça a civilização ao ponto de perder a capacidade de enviar naves de abastecimento para Marte", escreve Elon Musk no X.
Admite ainda que uma das suas preocupações é que o programa seja bloqueado por burocracias governamentais, apontando o exemplo do comboio de alta velocidade na Califórnia e aproveitando para sublinhar as suas reticências em relação a uma possível eleição de Kamala Harris e do Partido Democrata que diz que poderá destruir o programa de Marte e condenar a humanidade.
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