A Neuralink continua a desenvolver a sua tecnologia de implantes que, um dia, prometem ligar o cérebro diretamente a um computador. Numa recente apresentação, a empresa de Elon Musk revelou que espera começar a fazer testes clínicos com humanos dentro dos próximos seis meses. O empresário deixa em aberto a possibilidade de ser mesmo uma das primeiras pessoas com um implante Neuralink.
A aprovação por parte da Food and Drug Administration (FDA) é fundamental para a Neuralink conseguir avançar nos seus planos e, de acordo com Elon Musk, estão a decorrer conversações com a reguladora norte-americana, com a empresa a ter submetido grande parte da documentação necessária.
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Enquanto não tem a aprovação da reguladora norte-americana para implantar a tecnologia em humanos, a Neuralink continua a testá-la em animais. Depois de ter mostrado macacos a jogar Pong telepaticamente no ano passado, a empresa revela que, através dos seus implantes, conseguiu pôr macacos a “escrever” frases usando a mente.
Para lá dos implantes cerebrais, a Neuralink está a desenvolver nova tecnologia concebida para ajudar pessoas com paralisia a recuperar o movimento dos seus membros. Na “calha” estão também implantes oculares que poderão ajudar a melhorar ou a recuperar a visão em que pessoas que a perderam.
Descrito anteriormente por Elon Musk como um “Fitbit no cérebro com alguns fios” o implante da Neuralink é colocado através de um robot-cirurgião num procedimento mais invasivo do que outros realizados por empresas, como a Synchron.
A rival da Neuralink conseguiu a aprovação da reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) para fazer testes em humanos em julho do ano passado. Um ano depois, a empresa colocou o seu primeiro implante cerebral humano nos Estados Unidos. A Synchron tem vindo a fazer testes com voluntários na Austrália que estão a usar o sistema para controlar dispositivos digitais, incluindo equipamentos da Apple como o iPhone ou iPad.
De acordo com a empresa, a tecnologia de implantes cerebrais foi desenvolvida para ser menos invasiva, não requerendo uma cirurgia ao cérebro para ser colocada. O implante Stentrode é posicionado no topo do cérebro, sendo lá colocado através de um vaso sanguíneo.
O Stentrode é depois controlado por meio de um dispositivo colocado no peito do paciente. A Synchron treinou o sistema para reconhecer os impulsos cerebrais associados à atividade de determinados dos nervos motores, traduzindo-os em ações específicas.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 15h00)
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