O espaço dedicado completamente à realidade virtual é uma das novidades da edição de 2019 do Lisboa Games Week. A mais recente aposta do evento conta ao todo com mais de 600 m2 onde o público pode participar experiências imersivas em variantes para quase todos os gostos.
A LGW VR Experience encheu-se de uma profusão de alunos em visitas de estudo em busca de diversão. Júlia Dentinho, professora do ensino básico no Externato João Alberto Faria, em Arruda dos Vinhos, indicou ao SAPO TEK que a sua turma está a gostar muito de explorar as diferentes formas de experienciar a realidade virtual. Os alunos comprovam com entusiasmo e, embora muitos deles nunca tivessem feito algo semelhante, a adaptação foi rápida. Num piscar de olhos, os estudantes começavam já a fazer longas filas nas diversas secções dinamizadas pela Omen, em especial no Star Wars Jedi Challenge, e até na oferta em VR da Marinha Portuguesa.
Mas quem entra no LGW VR Experience não consegue ficar indiferente à misteriosa secção da Vive Virtual, um espaço que, ao contrário dos restantes, não apresenta cores garridas nem jogos de luzes intensos. No seu interior, os participantes podem aceder a novos mundos virtuais a partir do momento que colocam um headset. "Cada experiência é diferente e uma pessoa pode dar asas à sua imaginação: pode navegar, flutuar, ir ao fundo do mar e até ao espaço – não há limites", elucidou Alberto Benarroch, responsável da empresa espanhola em Portugal, ao SAPO TEK.
LGW VR Experience: um misterioso "novo" mundo
A PlayStation marcou presença no espaço com dois títulos bem diferentes um do outro, tal como elucidou o promotor Tomás Estrela. “Temos o Beat Saber e o Five Nights at Freddy’s, o qual até agora tem contado com uma maior adesão. O jogo tem alguns níveis difíceis e os participantes acabam por se assustar um bocado, mas até acham piada. O Beat Saber é mais fácil, mas a maioria das pessoas que visita a nossa secção vem para o jogo de terror”, acrescentou.
A reacção do público aos jogos disponibilizados pela PlayStation vindo a ser positiva, embora algumas pessoas se sintam com dores de cabeça ou enjoos, especialmente quando a experimentam pela primeira vez. No caso do título mais assustador, existem participantes que quando se assustam "chegam mesmo a ir ao chão", indicou Tomás. Ian, um jovem que escolheu como a sua primeira experiência VR o Five Nights at Freddy’s, confirmou o quão "real" podem as sensações vividas: "Fiquei nervoso e até muito desesperado...ainda tenho as pernas a tremer".
Já Nuno Costa e Rafael, um professor e aluno da Escola Profissional de Setúbal, não são estreantes neste "universo". “O VR é interessante, porque temos uma visão completamente digital do mundo que foi criado à nossa volta”, afirmou o jovem, o qual já tinha participado em experiências virtuais mais “caseiras”, uma vez que tem um headset em casa. Embora ensine a fazer cenários e a desenvolver elementos gráficos para realidade virtual e aumentada, Nuno não é particularmente fã da sensação de "mergulhar" neste tipo atividade, pois, tal como afirmou, a sensação é muito "claustrofóbica".
Para ajudar os aficionados pela condução em carros topo de gama a tornar os seus sonhos numa realidade, a IMSIM decidiu trazer o seu mais avançado simulador. De acordo com Tiago Ribeiro, a tecnologia permite conduzir um Lamborghini ao longo de uma pista, sendo que a experiência em VR conta até com movimentos e vibrações para torná-la mais realista. A nível de adesão, o diretor de marketing da marca afirmou que está a ser incrível: "temos sempre pessoas durante todo o dia e não conseguimos estar parados. Recebemos bastantes jovens, mas «crescidos» também, incluindo pilotos tanto de karts como de carros. Existe uma paixão muito grande por corridas, onde que quer que passemos, e aqui não está a ser uma exceção".
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