O mercado mundial de wearables continua em ascensão, com um crescimento previsto de 6,1% em 2024, totalizando 538 milhões de unidades expedidas, de acordo com o Worldwide Quarterly Wearable Device Tracker da IDC. No entanto, o crescimento deverá desacelerar para 3,9% em 2025, à medida que mercados-chave, como os Estados Unidos e a Índia, e categorias como smartwatches e hearables atingem a maturidade.

Entre os destaques do sector, a Huawei surge como líder no mercado de dispositivos de pulso, ocupando a primeira posição nas vendas globais de smartwatches nos primeiros três trimestres de 2024.

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A empresa chinesa é vista como tendo superado os desafios impostos pelas sanções norte-americanas com uma estratégia global sólida. O recente lançamento dos smartwatches GT5 e GT5 Pro, além do monitor de pressão arterial Watch D2, equipado com o sistema TruSense, posicionou a Huawei como uma alternativa viável a marcas premium como a Garmin.

Veja na galeria os dados da IDC sobre mercado mundial de wearables 2024

Apesar do crescimento geral do mercado, as várias categorias têm registado desempenhos diferentes. Os smartwatches, a segunda maior categoria, deverão apresentar uma redução de 4,5% em 2024, devido a uma saturação de opções de baixo custo na Índia e ao abrandamento da renovação de dispositivos nos EUA. Espera-se uma recuperação modesta em 2025, com crescimento de 1,7% impulsionado pela renovação de dispositivos mais antigos.

Por outro lado, os hearables continuam a liderar o mercado, com um crescimento projetado de 10,3% em 2024. Avanços como designs abertos e quedas constantes nos preços têm impulsionado a categoria, especialmente em mercados emergentes.

Entre as inovações em destaque, os anéis inteligentes estão a ganhar popularidade como rastreadores de saúde alternativos ou complementares, enquanto os óculos inteligentes, como os Ray-Ban desenvolvidos pela Meta, chamam a atenção do mercado, particularmente na China, onde a ausência da Meta abre espaço para marcas locais.

Com consumidores mais jovens (18-34 anos) a liderar a adoção de wearables e um aumento do interesse em monitorização de saúde entre utilizadores mais velhos, o mercado encontra-se num ponto de inflexão. Enquanto categorias tradicionais enfrentam desafios, novos formatos prometem manter a evolução do sector, defende a IDC.