A BlackBerry apresentou queixa contra o Facebook, Instagram e WhatsApp por alegada infração de patentes que a empresa detém sobre o seu serviço de mensagens. Ao longo de 117 páginas, a tecnológica explica como o BlackBerry Messenger, popularmente conhecido como BBM, foi utilizado como base de construção de outras soluções de messaging que hoje dominam o mercado.
A empresa defende que a sua propriedade intelectual foi apropriada pelo Facebook, que tirou partido de algumas funcionalidades desenvolvidas pela BlackBerry, para aperfeiçoar os seus próprios serviços, como é o caso dos sistemas de segurança e da interface.
Em dezembro de 2016, a BlackBerry vendeu os direitos de exploração comercial dos seus telemóveis à TCL, o que deixou a empresa canadiana apenas com o domínio do software.
A empresa especifica que algumas das patentes violadas dizem respeito a técnicas de criptografia, que são utilizadas para proteger a privacidade dos utilizadores, a articulação entre funcionalidades de messaging e gaming, e a lógica multiplataforma, que permite estender a sessão de funcionamento de uma app a vários equipamentos em simultâneo. Outras acusações são direcionadas a pormenores mais gerais, como é o caso do círculo que indica o número de mensagens que dada aplicação tem por ler; o tag temporal que regista as horas de envio de uma mensagem; e a possibilidade de se marcarem amigos e familiares numa foto partilhada online.
A parte queixosa exige, por tudo isto, "compensações pelos danos causados pelo uso ilegal da propriedade intelectual da BlackBerry", segundo a qual pode incluir "danos financeiros".
Num comunicado enviado ao portal Cheddar, o conselheiro geral do Facebook, Paul Grewal, disse que o processo "imposto pela BlackBerry reflete o atual estado do seu negócio de messaging. Agora que deixou de se esforçar por inovar, a BlackBerry procura taxar a inovação dos outros"."Temos intenções de lutar", conclui.
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