A União Europeia deve adotar novas regras para melhorar a segurança na utilização de dispositivos digitais até 2023 e há uma proposta em cima da mesa para estender a sete anos a garantia de atualizações de segurança nos smartphones. 

A proposta em questão é da Alemanha que, a par desta mudança, quer usar a nova legislação europeia para obrigar os fabricantes a manterem peças para substituição de componentes pelo mesmo período de tempo, uma proposta que já tem o desacordo da indústria. 

Na situação atual, o período de tempo em que são garantidas atualizações de segurança para os diferentes modelos disponíveis no mercado é muito diverso. Em média vai de 2,5 a 3,5 anos. Em alguns casos é maior, caso da Apple que estende a garantia de atualizações de segurança a cinco anos, ou da Samsung, que este ano passou a fornecer atualizações de segurança por quatro anos. 

No entanto, basta olhar para a distribuição de utilizadores ativos por versões dos sistemas operativos, sobretudo no Android onde a heterogeneidade é maior, para perceber que muitos milhões de pessoas têm software antigo nos seus smartphones e estão fora da janela de updates atual.  As estatísticas da Statcounter confirmam-no. 

tek Statcounter - Android Agosto 21

A proposta que a Comissão Europeia está a preparar prevê que as empresas passem a ser obrigadas a fornecer atualizações de segurança durante cinco anos e a garantir a disponibilidade de peças para substituição de componentes pelo mesmo período. Segundo o site C’t, a Alemanha está a pressionar as autoridades europeias para alargar este prazo por mais dois anos, para contornar a situação atual em que uma boa parte dos utilizadores está a usar smartphones que já não recebem atualizações de segurança ou que estão prestes a deixar de tê-las.      

O grupo da indústria Digital Europe, que dá voz a empresas como a Apple, a Google ou a Samsung, também já opinou sobre o assunto e defende que a garantia de atualizações de segurança deve ser de três anos. O grupo defende ainda que os fabricantes não devem ser obrigados a ter peças para a substituição de componentes por mais de três anos e que esta garantia deve cobrir apenas alguns componentes mais propensos a estragos. Nesta perspetiva, a reserva de peças para substituição abrangeria componentes como ecrãs e baterias, Deixaria de fora outros mais duradouros, como câmaras ou altifalantes. 

 

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