Os jogos - com destaque para títulos como Bridge Race, Hair Challenge ou High Heels, foram a categoria que mais cresceu entre as aplicações para smartphone, ao longo do segundo trimestre deste ano e face ao último trimestre do ano passado. Seguem-se as aplicações de utilidade, entretenimento ou finanças, revela um estudo da App Annie, que procura identificar os sectores do mercado em recuperação pós-pandemia, analisando os níveis de utilização de aplicações móveis em diferentes áreas. 

A pesquisa constata também que, além de se destacar no nível de downloads, os jogos são o tipo de aplicações que mais gera receitas, uma tendência que cresceu durante a pandemia e que aparentemente veio para ficar. Segue-se o entretenimento, com destaque para plataformas como o HBO Max e o Disney+, onde se pode dizer o mesmo. Com a vida a regressar à normalidade, aos poucos e poucos em muitos países, o hábito de consumir entretenimento de forma mais privada não desvaneceu e os novos serviços digitais que vão sendo lançados são bem acolhidos. 

No que se refere ao tempo passado online por quem usa smartphone, as redes sociais e outras aplicações do género continuam a dominar. Desde o final de 2019, o número de horas consumidas mensalmente nestas plataformas cresceu 20%, mas é noutras categorias que este indicador ganhou mais expressão e continua a ganhar.  

As aplicações profissionais consumiram nos últimos três meses 30% mais o tempo de quem está online do que no último trimestre de 2019.

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Destaque, nesta categoria, para as apps do Zoom ou o Google Meet e para o facto de, ao contrário do que acontece noutras áreas, a subida do número de pessoas vacinadas, nos países onde a vacinação está mais generalizada, não abrandou a utilização de soluções para trabalhar à distância. 

Logo a seguir, em termos de tempo consumido, surgem as apps de fotos e vídeo, sobretudo vídeos curtos, edição de imagem e live streaming, cujo tempo mensal de utilização cresceu 375% no período em análise. Quem gosta de ler também passa agora mais horas online a fazê-lo (mais 50%), como também ganhou expressão tempo passado online dedicado a moedas virtuais, como o Binance e o Coinbase.

O estudo regista ainda que nos países onde há mais gente vacinada o tempo passado online a ver informação sobre viagens disparou nos últimos três meses. Destaque sobretudo para os Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul. 

No desporto as aplicações também assinalam sinais de regresso à normalidade e em abril o nível de utilização destas aplicações foi superior ao de há um ano. Eventos como a liga dos campeões, no futebol, contribuíram em força para esta tendência. 

O que também continua a registar uma procura elevada são as aplicações de fitness, mantendo uma tendência que se regista desde o início da pandemia.  Acontece o mesmo com as aplicações para encomendar comida e bebidas, um serviço que se tornou uma commodity durante a pandemia.