As novas funcionalidades a adicionar à pesquisa pretendem trazer uma maneira mais “natural” de procurar informação nos smartphones e na página do Google mas para já estão limitadas a alguns equipamentos e países. A nova pesquisa por gestos, o “circle to search” estreia no final do mês com o Samsung Galaxy S24 e vai estar também nos smartphones da Google, o Pixel 8 Pro e Pixel 8, e não há datas para ser alargado a outros equipamentos.
Com o “circle to search” é possível identificar um elemento em qualquer aplicação, seja uma imagem no Instagram ou TikTok ou uma palavra numa página web ou mensagem, e fazer um círculo à volta para pesquisar. Alistair Pott, gestor de produto da Google, explica que esta é uma forma de tornar mais natural a pesquisa, com a utilização de um gesto, e que a empresa trabalhou de forma próxima com a Samsung no seu desenvolvimento.
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Apesar de parte do processamento desta ferramenta ser feito na cloud, para pesquisa do elemento identificado, o responsável pelo produto escusou-se a adiantar mais elementos sobre quando a funcionalidade poderá ser alargada a outros smartphones, dizendo numa conferência com jornalistas que não tinha mais dados para acrescentar.
A outra novidade da pesquisa é a utilização de mais capacidades da IA generativa para uma pesquisa mais natural, que estende o modelo de “snippets” da página do motor de busca, a pequena descrição que aparece nas respostas a uma busca.
“As pessoas têm questões cada vez mais complexas, e as respostas não estão muitas vezes numa só página e misturam elementos de texto e imagem”, explica Lou Wang, Senior Director da Google que tem trabalhado no Google Lens.
Um dos exemplos é a pesquisa sobre a frequência de rega de uma planta, que começa no Google Lens com uma imagem e junta mais informação do que seria normal, mas que indica na mesma links de páginas onde a informação pode ser aprofundada, incluindo vídeos no YouTube. Estes são desenvolvimentos das “experiências” da Google, que a empresa designa como “Search Generative Experiences” e que chegam ao motor de busca mas que para já estão limitados ao mercado norte americano, com o alargamento a outras regiões ainda por definir, em especial devido a questões regulatórias, que podem atrasar a implementação na União Europeia.
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Questionado pelo SAPO TEK, Lou Wang não concretizou se estas novas funcionalidades já recorrem ao novo modelo de IA generativa multimodal da Google, o Gemini. “Estamos sempre a avaliar novos modelos e é importante perceber os casos de uso. Já experimentámos com o Gemini e começamos a ver alguns ganhos, sobretudo na velocidade”, explica o gestor de produto.
Relativamente à diferença entre a utilização deste tipo de pesquisa e o assistente de IA Generativa, o Bard, Lou Wang defende que são dois modos diferentes de interação, com o Bard a posicionar-se mais na conversação enquanto a pesquisa é mais para quem quer uma resposta concreta. “Não achamos que são produtos mutuamente exclusivos, as pessoas podem escolher o que querem usar e há algumas coisas em que se pode misturar os dois, mas são focos [de utilização] diferentes”, defende.
Há ainda novidades a chegar ao Android Auto, como o resumo de mensagens e textos longos, ou a sugestão de respostas para evitar distrações quando está a conduzir.
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