Os dados acabam de ser partilhados pela Experis, especializada em recursos humanos na área das Tecnologias de Informação e recrutamento, e dá sinais positivos para 2025 depois da onda de despedimentos e redução de contratação que se sentiu desde ao longo deste ano. Segundo as conclusões do Experis Tech Talent Outlook, em Portugal "a projeção para a criação líquida de emprego no setor das TI para o primeiro trimestre de 2025 é +22%, um valor que representa uma subida considerável de 10 pontos percentuais face ao trimestre anterior". Mesmo assim fica abaixo da média global.

As intenções de contratação das empresas portuguesas de TI para os primeiros três meses de 2025 são as mais otimistas desde o primeiro trimestre de 2024.  "O sentimento dos empregadores demonstra-se alinhado com o verificado a nível global, após um ano de desafios devido aos ajustes das prioridades de talento por parte das tecnológicas, que levou à redução das contratações ao longo de 2024. Agora, assistimos a uma recuperação destas intenções, acompanhada de novos investimentos em startups tecnológicas e IA”, explica Nuno Ferro, Brand Leader da Experis.

Para o especialista, o crescimento reflete-se na procura por talento especializado, capaz de trabalhar com tecnologias inovadores como IA, bem como em áreas prioritárias como data science e cibersegurança. 

A Experis refere que a projeção para a criação líquida de emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la. Os dados baseiam-se em entrevistas a 5.655 empresas tecnológicas, em 42 países e territórios, e referem que o sentimento dos empregadores aponta para +37%, um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e ao primeiro trimestre de 2024.

IA vai ter impacto de 17,6 biliões na economia global até 2030. E também destruir empregos 
IA vai ter impacto de 17,6 biliões na economia global até 2030. E também destruir empregos 
Ver artigo

Portugal está 15 pontos percentuais abaixo da média global, sendo que, dos empregadores inquiridos, "38% pretendem aumentar as suas equipas no início do próximo ano, face a 16% que antecipam ter de reduzir a sua força de trabalho e a 44% que esperam manter o número atual de colaboradores". A Experis sublinha que as intenções dos empregadores demonstram um crescimento de 10 e 5 pontos percentuais face ao quarto e terceiro trimestre de 2024, mas, mesmo assim, quando comparadas com o mesmo período de 2024, refletem uma redução acentuada de 35 pontos percentuais.

A nível global, os países onde se sente uma maior recuperação do ritmo de contratação são os Estados Unidos da América (+53%), a Costa Rica (+52%) e o Reino Unido (+51%). Com as intenções menos otimistas, mas ainda em terreno positivo, encontram-se o Panamá (6%), a Roménia (+7%), a Guatemala e o Chile, ambos com +10%.

A Experis diz que, na região EMEA, o comportamento dos empregadores encontra-se alinhado com a evolução global, com a Projeção a crescer 1 ponto percentual face ao último trimestre de 2024 e a situar-se nos +32%. Este é igualmente o setor que apresenta as previsões de contratação mais robustas.

O estudo completo pode ser consultado neste link.