No final do primeiro trimestre de 2023, o número de subscritores de pacotes de serviços situava-se nos 4,6 milhões, valor 3,4% acima do registado no mesmo período do ano anterior, traduzido em 151 mil novos contratantes.

Os dados são da Anacom que sublinha que a subida está exclusivamente associada às ofertas 4/5P, que passaram a contabilizar 2,5 milhões de subscritores, 54,2% do universo total de subscritores de ofertas em pacote. Seguem-se as ofertas 3P, com 1,7 milhões de subscritores, representando 36,8%, que, no entanto, verificaram a maior descida desde que iniciaram a trajetória decrescente em 2022 (-1,2%).

As ofertas isoladas, single play ou 1P representaram 69,7% dos acessos móveis e 15,2% dos acessos fixos, revela o regulador. Estima-se que, em julho de 2022, as ofertas isoladas residenciais ascenderiam apenas a 1% do total dos subscritores residenciais de banda larga fixa, 3% do total de subscritores residenciais de TV por subscrição e a 5% do total dos subscritores residenciais de serviço telefónico em local fixo.

Entre janeiro e março de 2023, as receitas de serviços em pacote foram de cerca de 494 milhões de euros, representando de 51,9% do total das receitas retalhistas. O valor demonstra um aumento de 7,9% face ao mesmo período do ano anterior, no maior crescimento anual registado desde 2016, sublinha a Anacom. As receitas de ofertas 4/5P representaram 66,7% do total das receitas em pacote ou 34,6% do total das receitas retalhistas.

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A receita média mensal por subscritor de pacote situou-se nos 36,13 euros sem IVA, registando igualmente o maior crescimento anual desde 2016 (+4,3%). A receita média mensal foi de 44,69 euros no caso das ofertas 4/5P (+3,7%) e de 28,19 euros no caso das ofertas 3P (+2,4%).

No período analisado, a MEO foi o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41,3%), seguindo-se o Grupo NOS (35,4%), a Vodafone (20,4%) e a NOWO (2,8%).

Face ao trimestre homólogo, a MEO e a Vodafone aumentaram a sua quota de subscritores, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram. Em termos líquidos, a NOWO foi o único dos prestadores referidos a diminuir o número de subscritores de pacotes. Por tipo de oferta, a MEO apresentou a maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta: 2P (45,4%), 3P (39,3%) e 4/5P (41,9%).

Por outro lado, a MEO apresentou igualmente a quota de receitas de serviços em pacote mais elevada (41,4%), seguindo-se o Grupo NOS (40,4%), a Vodafone (16,6%) e a NOWO (1,7%). Face ao trimestre homólogo, aumentaram as quotas de receitas o Grupo NOS e a MEO, indo no sentido contrário a NOWO e a Vodafone.