A Nvidia fez mais um negócio milionário para consolidar a posição no mercado de chips para tarefas de inteligência artificial. Desta vez com um movimento que permite reforçar um dos domínios onde a tecnológica enfrenta mais (e mas forte) concorrência.

Não perca nenhuma notícia importante da atualidade de tecnologia e acompanhe tudo em tek.sapo.pt

Vai licenciar, alegadamente de forma não exclusiva, a tecnologia da startup Groq, especialista em tecnologia de inferência para chips de IA - esta capacidade é aquela aos grandes modelos de linguagem, já treinados, responderem às perguntas dos utilizadores de sistemas de IA.

Nesta área, a Nvidia enfrenta uma concorrência mais forte que noutros domínios - na tecnologia de chips para treino de IA continua a dominar - e foi à procura de uma solução para o problema. Em teoria não é uma aquisição nem uma fusão, mas na prática, além de dar acesso à tecnologia da startup, também prevê a integração do CEO, do presidente e de vários engenheiros da Groq na Nvidia.

Jonathan Ross, o CEO, não é um estreante nesta indústria. Já tinha passado pela Alphabet, dona da Google, onde esteve ligado ao lançamento do programa de chips de IA da Google, como recorda a Reuters.

Nvidia soma e segue: Lucros superam expectativas
Nvidia soma e segue: Lucros superam expectativas
Ver artigo

Dados não confirmados oficialmente, e divulgados pela CNBC antes de as empresas revelarem o acordo, indicavam que a Nvidia ia comprar a Groq, alegadamente uma das duas empresas melhor posicionadas nesta área (a outra será a Cerebras Systems) e pagar 20 mil milhões de dólares pela operação.

A compra não chegou a ser confirmada, mas este modelo de parceria já foi usado pela Nvidia antes, em negócios que na prática são (quase) uma aquisição. A empresa não é, aliás, a única a fazê-lo. Ao longo deste ano houve vários outros negócios do género - as empresas não são compradas mas a tecnologia e o talento são.

Por agora, a Groq diz que vai continuar no mercado como empresa independente, um estatuto que permite às empresas escaparem ao escrutínio dos reguladores, inerente a vendas ou fusões. Foi o que também fez a Meta contratou o CEO da Scale AI, sem comprar a empresa, ou a Amazon, quando integrou os fundadores da Adept AI.

A Groq tinha anunciado em setembro uma ronda de investimento de 750 milhões de dólares, que terá ajudado a aumentar a valorização da empresa de 2,8 para 6,9 mil milhões de dólares.

Assine a newsletter do TEK Notícias e receba todos os dias as principais notícias de tecnologia na sua caixa de correio.