Os acionistas do Twitter aprovaram esta terça-feira a compra da plataforma por Elon Musk, numa votação que pode ter dado uma larga maioria ao sim. As contas finais ainda não foram reveladas, mas já se sabe que os votos necessários para desbloquear o negócio do lado do Twitter estão garantidos.

Isto no entanto não significa que a operação se concretize, uma vez que o multimilionário, patrão da Tesla e da SpaceX, quer desistir da compra. A data da votação já estava agendada e foi cumprida, mesmo como a perspetiva de arranque do julgamento que vai decidir se Musk é ou não obrigado a honrar o compromisso e desembolsar 44 mil milhões de dólares para comprar o Twitter.

Recorde-se que Musk se propôs a comprar o Twitter em abril. Numa primeira fase a administração da empresa mostrou-se contra a operação e até terá procurado bloquear o poder de uma decisão favorável por parte dos acionistas. Acabou por mudar de ideias, mas Elon Musk fez o mesmo e em julho comunicou a retirada da oferta.

A justificar a decisão estará, alegadamente, a informação conhecida pelo empresário só depois de ter acesso a dados mais detalhados da empresa, onde foi possível constatar que os números oficiais e reais do Twitter não batem certo, por exemplo, em relação ao número de contas falsas existentes na plataforma, entre spam e bots.

10% das contas ativas do Twitter poderão estar a criar conteúdo de spam
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A reforçar este argumento vão estar as revelações que Peiter Zatko, ex-responsável de segurança do Twitter, tem vindo a fazer. Zatko aponta falhas de cibersegurança na plataforma e acusou os dirigentes de terem mentido sobre os meios usados para combater contas falsas e de spam.

Numa publicação no final de agosto, um dos advogados de Musk referiu que "alegações sobre determinados factos conhecidos pelo Twitter antes ou a 08 de julho de 2022, mas não divulgadas aos representantes de Musk antes ou nessa data, surgiram depois e constituem razões adicionais para pôr fim ao acordo de compra".

A administração do Twitter alega que estas são apenas desculpas para não honrar um compromisso e o caso vai ser resolvido na justiça. O julgamento arranca em outubro.

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