O regresso presencial às aulas e ao trabalho aproxima-se a largos passos. No entanto, dependendo da evolução da pandemia de COVID-19 em Portugal, a possibilidade de voltar ao modelo do ensino à distância e do teletrabalho mantém-se. O Zoom tornou-se numa das ferramentas de videochamadas mais populares e agora, para evitar os “percalços” do passado, como os ataques de Zoombombing, a empresa vai passar a disponibilizar autenticação de dois fatores em todas as reuniões virtuais.

No seu website oficial, a empresa liderada por Eric Yuan, explica que o sistema de autenticação vai estar disponível em todas as versões da plataforma. Ao ativá-lo, os utilizadores terão de confirmar a sua identidade e introduzir um código específico, que pode ser obtido através de SMS ou de uma aplicação como a Google ou a Microsoft Authenticator.

Zoom muda de ideias e decide encriptar as reuniões virtuais na versão grátis da plataforma
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A decisão surge meses depois de a Zoom ter enfrentado uma polémica devido à encriptação das videochamadas. No início de junho, Eric Yuan afirmou que apenas seriam disponibilizadas reuniões encriptadas para quem usasse a versão premium da plataforma. Perante uma onda de contestação online, a empresa mudou de ideias e passou a encriptar as videoconferências de todos os utilizadores.

Em maio, a Zoom adquiriu a Keybase, uma startup especializada em serviços de comunicação com encriptação ponta-a-ponta. A decisão fez parte do plano de 90 dias que a empresa se comprometeu a cumprir com o objetivo de retificar as falhas de segurança da plataforma.

Embora tenha visto a sua popularidade aumentar e as suas receitas a ascenderem aos 663,5 milhões de dólares, a Zoom tem vindo a enfrentar vários problemas de segurança: desde vulnerabilidades que poderiam ser aproveitadas por ciberespiões a fugas de informação na Dark Web.

PJ identificou responsável pela intrusão nas aulas online que já apagou todos os conteúdos
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Recorde-se que a prática de Zoombombing chegou mesmo a impedir o funcionamento normal das aulas à distância em Portugal, levando a Fenprof a fazer queixa à Procuradoria-Geral da República. A Polícia Judiciária conseguiu identificar o responsável pelas disrupções e apagou todos os conteúdos acerca dos incidentes que foram publicados na Internet.

Nos Estados Unidos aconteceram casos semelhantes e que levaram o Estado de Nova Iorque a banir o uso da plataforma de videoconferências, dadas as várias queixas de problemas em relação a questões de segurança e privacidade durante o processo de registo. No início de abril, o FBI deu também conta de inúmeras queixas de utilizadores cujas conferências na Zoom foram interrompidas por imagens pornográficas e de ódio com linguagem ameaçadora.

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