As diferenças entre as gerações também se fazem sentir nos hábitos de trabalho e preferências, nomeadamente entre os millennials, mais esclarecidos quanto às novas tecnologias, e os “X”, que tentam desenrascar-se entre o “antigamente” e o “mundo moderno”.

Os resultados de um estudo da Vanson Bourne, encomendado pela Canon Europa, demonstram estas diferenças, indicando que só um em cada 10 millennials diz preferir trabalhar em casa, enquanto, por outro lado, apenas 25% dos colaboradores da geração X afirmam preferir trabalhar em escritórios.

As opiniões de uns e outros têm razão de ser, refere a empresa, porque se os millennials ainda estão a começar as suas carreiras, a Geração X ocupa, de momento, 51% dos cargos de liderança a nível global. Assim sendo, estão numa posição mais sólida para exigir benefícios – tais como trabalhar a partir de casa e com horários flexíveis – e são menos afetados pela pressão na falta de produtividade laboral.

Além disso, as condições em casa não são sempre propícias para um bom ambiente de trabalho. É que se os elementos da Geração X conseguem ter a sua casa e um escritório onde podem trabalhar, é muito menos apelativo para os millennials fazerem uma videoconferência num apartamento partilhado.

Há também uma enorme diferença entre aquilo que as diferentes faixas etárias definem como um “benefício” de trabalho, nota a Canon. Os escritórios modernos são cada vez mais projetados como espaços de trabalho abertos, criativos e colaborativos, o que se adequa ao estilo de trabalho dos millennials. Mesas de ping-pong e espaços descontraídos podem ser atrativos para os trabalhadores mais jovens, que querem aprender através da interação com os seus colegas, mas são muito menos interessantes para a Geração X, que procura conseguir valiosos momentos de privacidade entre um calendário repleto de reuniões.

"Neste contexto, não é de estranhar que a probabilidade dos colaboradores da Geração X trabalharem seis dias por semana num escritório seja quase metade da dos millennials", sublinha a Canon. “Mas é importante não esquecermos que, embora o trabalho com horário flexível seja um grande impulsionador dos escritórios do futuro, e imperativo para empresas que procuram transformar a sua força de trabalho no que toca ao digital, não devemos tomar como garantida a suposição de que os trabalhadores mais velhos são mais felizes a trabalhar num escritório”.