Depois de um lançamento bem-sucedido em janeiro, o foguetão New Glenn da Blue Origin já tem data marcada para um novo voo. Desta vez, o foguetão da empresa espacial de Jeff Bezos vai dar “boleia” a uma missão da NASA com destino ao Planeta Vermelho, num lançamento marcado para o dia 29 de setembro. 

A Blue Origin já tinha sido selecionada pela agência espacial norte-americana em 2023 para transportar a missão ESCAPADE (Escape and Plasma Acceleration and Dynamics Explorers), concebida para estudar a magnetosfera de Marte.

Originalmente prevista para o final de 2024, a missão foi adiada e esperava-se que seguisse a bordo do primeiro lançamento do foguetão da Blue Origin. No entanto, a NASA optou por mudar de ideias devido a receios associados a desafios técnicos e custos elevados.

A missão ESCAPADE vai explorar o campo magnético da atmosfera marciana através de dois pequenos satélites idênticos, que vão fornecer observações de dois pontos distintos em simultâneo. Espera-se que os satélites demorem cerca de 11 meses para chegar a Marte, sendo necessários mais alguns meses para que ajustem as suas órbitas.

Foguetão New Glenn da Blue Origin finalmente lançado ao espaço. Elon Musk felicitou voo bem-sucedido
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As observações realizadas pela missão vão ajudar os cientistas a compreender como a magnetosfera de Marte interage com o vento solar, permitindo também uma melhor avaliação da meteorologia espacial para proteger tanto os astronautas como os satélites que orbitam a Terra e os que estão em missões de exploração no sistema solar.

Mas a Blue Origin quer ir mais além na colaboração com a NASA nas missões a Marte. Recentemente, a empresa anunciou os seus planos para o desenvolvimento de um Mars Telecommunications Orbiter (MTO), concebido para criar uma rede espacial de comunicações

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Como explica a empresa, o MTO permitirá comunicações contínuas e a alta velocidade entre a Terra e Marte, recorrendo a uma tecnologia de propulsão híbrida para aumentar a eficiência e reduzir possíveis riscos.

Segundo a Blue Origin, a plataforma poderá levar mais de 1.000 kg de cargas até à órbita de Marte, contando também com capacidades avançadas de processamento de dados, armazenamento e inteligência artificial para ajudar a dar resposta às necessidades das missões de exploração em Marte.