Comportamento de risco e consumo de canábis: Instagram aplica maior controle nos posts que menores de idade podem ver

Os jovens passam cada vez mais tempo online e o Instagram é uma das redes onde os adolescentes fixam a sua atenção, com acesso a conteúdos que podem ser associados ao desenvolvimento de sintomas de depressão, ansiedade, insónia e stress elevado. Ainda esta semana o Estado de Nova Iorque decidiu processar o Instagram e o TikTok, responsabilizando as redes por danos na saúde mental dos mais jovens, ao mesmo tempo que vários países estão a legislar para limitar o acesso às plataformas.

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O Instagram já tinha avançado com a criação das contas de adolescentes (Teen Accounts), com regras e limitação de conteúdos que a Meta também alargou ao Facebook e Messenger, mas agora está a reforçar essas proteções. O objetivo é que estas contas passem a aplicar automaticamente uma restrição de acesso a conteúdos da classificação PG-13, usada para filmes e jogos.

Para além de conteúdos sexualmente sugestivos, imagens gráficas ou perturbadoras e conteúdos para adultos, como a venda de tabaco ou álcool, as novas políticas vão ocultar, ou não recomendar, publicações com linguagem considerada forte, manobras consideradas perigosas e incentivem comportamentos de risco, e também acessórios para consumo de canábis.

"Decidimos alinhar as nossas políticas mais de perto com um padrão independente com o qual os pais estejam familiarizados, pelo que revimos as nossas diretrizes de adequação à idade em relação à classificação indicativa de filmes para maiores de 13 anos e atualizámo-las adequadamente", explica o post no blog do Instagram.

A empresa admite que embora existam diferenças entre os filmes e as redes sociais, "fizemos estas alterações para que as experiências dos adolescentes no ambiente 13+ se aproximem mais do equivalente no Instagram de ver um filme para maiores de 13 anos".

Mesmo que as contas não tenham declarada a idade correta dos utilizadores, a Meta está a usar ferramentas de Inteligência Artificial para detetar se são menores de idade e aplicar automaticamente as restrições. Os jovens não vão conseguir contornar as restrições, exceto com permissão dos educadores.  E estes podem ainda escolher medidas mais severas na limitação de acesso à rede.

A Meta diz que centenas de milhões de contas do Instagram, Facebook e Messenger já são contas de adolescentes, garantindo maior proteção, mas estas novas medidas começam primeiro a ser aplicadas num conjunto limitado de países, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália, sendo previsivelmente alargadas ao resto do mundo no final do ano.

O que muda com a nova política do Instagram?

Os adolescentes já não vão poder seguir as contas do Instagram que partilharam conteúdos considerados inadequados para a idade, e não vão conseguir interagir com estes posts. Também vão ser mais difíceis de encontrar na pesquisa, que vai ser limitada para temas considerados sensíveis no explorador, reels ou no feed. As respostas de Inteligência Artificial foram também ajustadas às novas regras.

Para os pais e educadores há novas ferramentas para aumentar o controle do acesso aos conteúdos, e no próximo ano a Meta também vai colocar novas formas de definir o tipo de respostas da IA.

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