
O Prémio Nobel da Economia já foi entregue a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, uma distinção também conhecida como Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel. No caso de Joel Mokyr, foi galardoado por identificar quais são os fatores necessários para que haja o progresso tecnológico sustentado. Por outro lado, Philippe Aghion e Peter Howitt valeu-lhes o Nobel pelo seu trabalho na teoria do crescimento baseado na destruição criativa.
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Na atribuição dos prémios, a organização destaca que “nos últimos dois séculos, pela primeira vez na história, o mundo testemunhou um crescimento económico sustentado. Isso tirou um grande número de pessoas da pobreza e lançou as bases da nossa prosperidade”. Os laureados deste ano na categoria de ciências econômicas explicam como essa inovação impulsiona o progresso.
Mas do que se trata o Progresso Tecnológico Sustentado? Este é o processo de inovação que impulsiona o crescimento económico e social a longo prazo, com o objetivo de não comprometer o planeta ou o bem-estar das futuras gerações. Tem como principais fatores a ligação entre o conhecimento científico e o avanço tecnológico e a destruição criativa, sempre com abertura à mudança e inovação contínuas. A inovação tecnológica sustentada depende não apenas de “saber o que funciona”, mas também, “compreender por que funciona”.
A teoria da destruição criativa diz que a introdução de novas tecnologias e produtos leva à obsolescência dos antigos, considerado um motor de crescimento, mas também pode ser destrutivo para as empresas menos inovadoras. Nesse sentido, para se alcançar um progresso tecnológico sustentado, é necessário que a inovação seja responsável e equilibrada, considerando os riscos como a dependência tecnológica, assim como os impactos ambientais e sociais.
A Real Academia Sueca de Ciências diz que Joel Mokyr utilizou fontes históricas para demonstrar o motivo pelo qual, nos últimos séculos, o crescimento económico se tornou a nova norma, quando comparado com a estagnação de períodos anteriores. Antes da revolução industrial, muitas vezes faltavam as explicações científicas sobre a razão de uma nova inovação funcionar com sucesso. Sem esse conhecimento, era difícil que as invenções conseguissem se suceder umas às outras, num processo com impulso próprio. Para o historiador de economia, a sociedade deve estar sempre aberta à mudança e às novas ideias.
O modelo matemático batizado de destruição criativa desenvolvido por Philippe Aghion e Peter Howitt, publicado num artigo de 1992, refere-se ao fenómeno de que quando um produto novo e melhor entra no mercado, as empresas que vendem o produto antigo sofrem prejuízos. Foram mostradas as diferentes formas de como essa teoria origina conflitos, devendo ser geridos de forma construtiva. Caso contrário, as grandes empresas estabelecidas e outros grupos de interesse vão bloquear as inovações para que não sejam prejudicadas.
Os dois trabalhos realizados pelos três vencedores do Nobel mostram, neste caso, que o crescimento económico não pode ser uma garantia dada como certa.
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