A adoção e a implementação de novas competências profissionais não estão a ser feitas corretamente. A análise é da Gartner que recomenda uma abordagem mais dinâmica e adaptada "ao momento" por parte dos departamentos de Recursos Humanos, e não uma abordagem“preditiva”.

A consultora avança com dados de um estudo, realizado pela sua unidade TalentNeuron, que indicam que a quantidade de skills exigidas para um posto de trabalho aumentam em 10% todos os anos, mas os colaboradores depois só chegam a colocar realmente em prática 54% das novas competências adquiridas.

Além disso, os dados revelam ainda que um terço das skills necessárias para um posto de trabalho deixam de ser relevantes depois de três anos.

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créditos: Gartner

De acordo com a Gartner, há capacidades recém-adquiridas que não chegam a ser usadas porque a maioria dos departamentos de recursos humanos adota uma abordagem preditiva para lidar com a questão das skills. Desta forma, investem em competências que podem acabar por não vir a ser exigidas no futuro.

A consultora recomenda a implementação de uma abordagem dinâmica capaz de se adaptar às mudanças à medida que ocorrem, desenvolvendo competências no momento em que são necessárias.

A área de RH deve instituir um canal de troca de informação entre os funcionários e a empresa, para levar a decisões acertadas. Com uma estratégia deste género, os colaboradores acabariam por aplicar até 75% das novas competências adquiridas, garante-se.