A mais recente edição do TechRadar 2025 mostra que a procura por eficiência, inovação e novos modelos de negócio está a impulsionar a adoção de IA generativa, com 71% das empresas a explorarem soluções nesta área.

No entanto, 55% das organizações ainda enfrentam dificuldades na escolha das tecnologias certas. Além disso, 44% das empresas analisadas afirmam ter dificuldades na avaliação do impacto da tecnologia nos negócios.

Como realçam os especialistas da consultora tecnológica, o entusiasmo em torno da IA generativa é grande, porém, muitas organizações ainda não sabem como aplicá-la de maneira eficaz e esta dissonância entre ambição e execução revela a necessidade urgente de definir estratégias claras.

Em linha com dados anteriormente partilhados, o relatório, que mapeia 150 tecnologias estratégicas para líderes de Tecnologias de Informação e negócios, indica que 81 já integram IA. Deste conjunto, 91 das tecnologias analisadas são novas entradas face à edição anterior.

Os sistemas de Agentic AI, compostos por agentes autónomos que colaboram entre si e com humanos, afirmam-se como uma das tendências de maior crescimento, numa abordagem que pode ajudar empresas a resolver tarefas complexas de maneira mais modular, escalável e resiliente, indicam os especialistas.

70% das organizações já exploram soluções com IA. Seis tendências marcam próximos meses
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A aposta nestes sistemas é descrita como especialmente relevante para as organizações que querem automatizar os fluxos de trabalho, acelerar processos e melhorar a experiência dos seus colaboradores.

Mas, para que os sistemas de Agentic AI cumpram o seu potencial, é necessário integrar IA nas estruturas empresariais existentes. A Devoteam sublinha que a integração deve garantir não só a interoperabilidade, mas também a qualidade dos dados e a segurança.

Nesse sentido, as plataformas agentic-ready estão a crescer, prometendo dar resposta às novas exigências através da sua capacidade de operar em tempo real, de automatizar fluxos e de apoiar decisões com base em IA.

O relatório destaca também uma mudança com foco em modelos tecnológicos mais responsáveis. Para as organizações, questões como regulação da IA, transparência algorítmica e sustentabilidade digital passaram a ser vistas não como obrigações, mas sim como fatores determinantes para gerar confiança e alcançar vantagens competitivas.

Embora reforcem que a IA não vai substituir os trabalhadores, os especialistas da Devoteam afirmam que a crescente adoção da tecnologia vai exigir novas competências, através da requalificação das equipas, incluindo pensamento crítico, criatividade e capacidade de gerir e colaborar com sistemas inteligentes.