Por Felix del Barrio (*)
Há séculos que os seres humanos procuram constantemente tecnologias que melhorem as suas vidas, que lhes permitam progredir e resolver problemas: viajar mais depressa; ter luz quando está escuro; lavrar a terra com menos esforço; levantar cargas pesadas; cavar os solos mais fundo; produzir mais rapidamente mantendo a qualidade….
A história diz-nos que os nossos esforços, até há bem pouco tempo, estavam sobretudo focados em melhorar as nossas aptidões físicas. Contudo, nas últimas décadas deu-se uma mudança de paradigma e passámos a privilegiar as formas de aperfeiçoarmos as nossas capacidades intelectuais, como por exemplo: cálculos complexos mais rápidos e sem erros; automatização da produção; processamento de dados para melhorar a tomada de decisões; e replicação das funções cognitivas através da IA.
O termo "inteligência artificial" foi criado em 1956. Desde então, os especialistas têm periodicamente previsto que alcançarmos a utilização generalizada da Inteligência Artificial - que reflete as capacidades humanas em todos os aspetos, está apenas a alguns anos de distância. Porém o processo tem sido um pouco mais lento do que o previsto. Pelo que é legítimo perguntarmos agora: será que com a IA Generativa chegou o momento?
É verdade que a IA generativa representa um avanço significativo face às tecnologias anteriores e regista avanços em vários aspetos:
- Geração de conteúdo semelhante ao humano: a IA generativa cria textos coerentes e contextualmente relevantes para artigos, poemas, código e conversas semelhantes às humanas.
- Adaptabilidade e consciência do contexto: Os modelos de IA generativa são concebidos para entenderem e adaptarem o contexto de uma forma que as tecnologias anteriores não conseguiam. Podem mesmo manter o contexto durante conversas mais longas, responder a perguntas mais subtis e complexas, e fornecer informações coerentes e tudo a partir da questão que foi inicialmente colocada.
- Intervenção humana reduzida: As tecnologias anteriores exigiam frequentemente uma intervenção humana intensiva ou sistemas baseados em regras. Os modelos de IA generativa aprendem com grandes conjuntos de dados e adaptam-se a diferentes domínios e tarefas, sem precisarem de programação manual extensiva, reduzindo a necessidade de intervenção humana constante e de personalização.
- Competências multimodais: Alguns modelos de IA geram texto, imagens e compreendem as relações texto-imagem, oferecendo possibilidades criativas versáteis.
- Transferência de Conhecimento: Os modelos de IA generativa programados para gerirem e tratarem grandes conjuntos de dados, podem adaptar-se de forma eficiente a várias aplicações, poupando tempo e recursos computacionais.
- Aplicações criativas e artísticas: A IA generativa abriu novas possibilidades para a criação de conteúdo criativo e artístico, como por exemplo a arte, a música e/ou contar histórias, imitando e até inovando a criatividade humana.
Há um ano tive o meu primeiro encontro com um sistema de IA Generativa. Inicialmente senti-me como se estivesse a conversar com HAL 9000 da Odisseia no Espaço. Era uma nova geração de IA generativa, mais poderosa. Percebi de imediato que tinha desafios a superar. Para fazermos a diferença é preciso:
- Começar agora; os concorrentes já o estão a fazer.
- Fazer parcerias com especialistas para evitar erros básicos e escolher as ferramentas certas.
- Colaborar em cenários onde a IA Generativa melhore os processos do nosso negócio.
- Criar, aprender e aperfeiçoar uma estratégia clara de IA generativa para a sua empresa.
A IA generativa é um avanço na criação de conteúdo, na adaptabilidade e na consciência do contexto, e abriu uma ampla gama de aplicações, desde gerar conteúdos criativos até aos chatbots avançados e aos assistentes de conversação. Esta tecnologia representa uma grande oportunidade para nos fortalecermos no nosso ambiente profissional ou pessoal, já que possui a capacidade de nos ajudar a fazermos um trabalho melhor. No entanto, também levanta importantes considerações éticas e desafios que teremos de enfrentar à medida que a tecnologia continuar a evoluir. Trabalhar com parceiros especializados é por isso ainda mais importante. É da nossa inteira responsabilidade moldarmos um futuro que nos beneficie a todos.
(*) Google Global Business Leader da Magic Beans
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