Por Margarida Xavier de Basto (*)
As micro e pequenas empresas (MPE) desempenham um papel crucial para a economia, não só a nível nacional, mas também a nível local. São elas que impulsionam o desenvolvimento regional, fornecendo bens e serviços essenciais e criando empregos que fortalecem a coesão social. Mas para manter a sua relevância e prosperidade, estas empresas precisam de olhar para a inovação como um caminho indispensável no seu dia a dia.
No entanto, é importante desmistificar a ideia de que a inovação está apenas ligada ao investimento e desenvolvimento de novas tecnologias. Inovar pode ter na sua base a redefinição de processos internos, a colaboração entre empresas ou até mesmo uma característica diferenciadora no produto ou serviço entregue ao cliente. Assim, embora a tecnologia seja uma ferramenta poderosa e imprescindível, a inovação em MPEs não deve estar dependente da mesma.
Um dos pontos fortes das MPEs é a sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado, apesar de muitas vezes a rotina intensa e a escassez de recursos impedirem os gestores de “pensar o negócio” e de identificarem novas oportunidades no mercado. Ao contrário das grandes empresas, estas têm mais agilidade e flexibilidade, uma vez que lidam com menos burocracias. Estas são características valiosas que precisam de ser acompanhadas por um esforço consciente para observar e ajustar a novas tendências.
Muitas vezes, as MPEs têm recursos limitados e é crucial que não ignorem os avanços tecnológicos, pois a rápida evolução nesta área pode ser tanto um desafio como uma oportunidade. Assim, investir em tecnologia é importante, mas a cooperação entre MPEs, por exemplo, é também poderosa. Através do trabalho em rede, criação de parcerias e trocas de desafios e soluções, podem ser criadas sinergias benéficas para ambas as partes e para ultrapassar obstáculos comuns.
A formação constante é outro aspeto essencial para a inovação. Ao capacitar gestores e colaboradores, incentivando a troca de ideias e promovendo uma cultura de partilha e aprendizagem contínua, é possível encontrar novas perspetivas e soluções criativas para dar resposta aos desafios do quotidiano.
Por fim, ao falar de inovação é essencial pensar também na necessidade de existirem mais incentivos específicos para as MPEs. Políticas públicas e programas de apoio podem estimular a reinvenção de negócios, a sua utilização e, consequentemente, um crescimento cada vez mais sustentável.
O investimento em inovação é também um investimento no presente e futuro das MPEs, garantindo que continuam a desempenhar o seu papel fundamental na sociedade de mover a economia e construir as bases para um futuro dinâmico, competitivo e inclusivo. O caminho não é simples, mas com cooperação, formação e investimento, as micro e pequenas empresas portuguesas têm tudo para prosperar.
(*) diretora de operações (COO) da Matoaka
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