Por Pedro Estrada (*)
Num mundo em que a tecnologia avança a uma velocidade vertiginosa, decidir a melhor direção para uma carreira pode ser comparado à travessia de um vasto oceano. Entre inúmeras possibilidades, o jovem engenheiro informático enfrenta a complexidade de escolher um destino num universo de opções como Cloud, Devops, Network, Virtualization ou SysAdmin. Contudo, há um pilar incontestável na infraestrutura tecnológica atual: os dados.
É neste contexto que a Administração de Bases de Dados (Database Administration ou DBA) e os seus backups emergem como áreas essenciais, capazes de sustentar a economia digital. Mas a travessia até à competência neste campo exige mais do que uma formação académica tradicional. É aqui que o papel das empresas, ao investir em iniciativas como Academias especializadas, se torna imprescindível.
A criação de Academias DBA exemplifica uma resposta inteligente e estratégica às exigências do mercado tecnológico. Ao oferecer uma formação altamente focada e prática em DBA e backups, esta iniciativa não só resolve um dos maiores desafios das empresas – encontrar talentos com competências específicas – como também posiciona os recém-formados num percurso profissional mais sólido e alinhado com as necessidades do mercado. Este tipo de formação é muito mais do que uma extensão académica. Representa um investimento direto no futuro dos jovens profissionais, preenchendo a lacuna entre o ensino universitário e as exigências reais das organizações.
Por outro lado, ao abrirem portas para colaboradores internos que desejem uma reconversão de carreira, iniciativas como as Academias DBA demonstram visão e compromisso com a retenção de talento. Numa era em que as empresas enfrentam uma competição feroz para atrair e reter os melhores profissionais, apostar no desenvolvimento interno mostra-se uma estratégia eficaz. Um colaborador formado e valorizado sente-se motivado a permanecer, a incorporar a cultura da empresa e a contribuir para o seu sucesso a longo prazo.
Para os jovens engenheiros que consideram uma carreira em DBA, a escolha não poderia ser mais relevante. As bases de dados são, afinal, os verdadeiros “pilares de ouro” na era digital. A gestão eficiente dos dados é crucial para o funcionamento de qualquer organização moderna, desde startups tecnológicas a instituições financeiras ou até mesmo grandes indústrias. Além disso, a administração de backups, que muitas vezes é subvalorizada, desempenha um papel essencial na proteção e recuperação de informações, especialmente num mundo cada vez mais dependente da integridade e segurança digital. Assim, optar por uma carreira nesta área pode ser mais do que uma escolha profissional. Pode ser a decisão de fazer parte do coração tecnológico das organizações.
Porém, esta decisão individual de investir numa especialização requer suporte institucional. É aqui que as Academias se tornam fundamentais. Elas funcionam como pontes entre o potencial dos recém-formados e as necessidades específicas das empresas. Do lado das organizações, o impacto é evidente: o tempo de recrutamento reduz-se, os processos de integração são mais ágeis e a qualidade dos serviços prestados é continuamente assegurada. Do lado dos jovens talentos, o acesso mais rápido ao mercado de trabalho e a oportunidade de aprender competências práticas dão-lhes uma vantagem competitiva no início das suas carreiras.
Mais importante ainda, iniciativas destas promovem uma cultura empresarial que valoriza o desenvolvimento humano. Ao investir no potencial dos seus colaboradores, as empresas demonstram que acreditam no seu futuro. Esta confiança traduz-se em maior lealdade, motivação e, em última análise, num contributo mais profundo para o sucesso coletivo.
A travessia no oceano de Tecnologia da Informação é desafiante, mas com a orientação certa, os jovens profissionais podem alcançar destinos extraordinários. Com programas como Academias DBA, as empresas têm a oportunidade de transformar potenciais em especialistas, enquanto constroem equipas mais fortes e preparadas. Neste espírito, podemos afirmar que investir em Academias é, acima de tudo, investir no futuro – um futuro que pertence àqueles que têm coragem de navegar por águas desconhecidas e ao mesmo tempo assegurar que nunca lhes faltará um rumo certo.
“Mar chão e ventos de feição” para os novos marinheiros deste vasto oceano tecnológico.
(*) Database Infrastructure Team Leader na Natixis em Portugal
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