Novos dados avançados pela ANACOM indicam que, no terceiro trimestre do ano, o tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel registou uma subida de 34,8% em comparação com o período homólogo em 2022. De acordo com a entidade reguladora, o crescimento pode ser explicado pelo aumento do número de utilizadores e pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.
Durante o período em análise, o tráfego médio mensal por utilizador de Internet Móvel cresceu 26,2%. Em média, cada utilizador consumiu 11 GB por mês e o tráfego médio mensal PC/tablet/pen/router atingiu os 36,4 GB, numa subida de 6,1%.
Ao todo, o número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet alcançou a marca dos 10,4 milhões, mais 6,6% do que no período homólogo no ano passado. A entidade reguladora detalha que o valor corresponde a uma taxa de penetração de cerca de 99,3 por 100 habitantes, numa subida de 5,7 p.p.
A subida no número de utilizadores resulta de aumentos na quantidade de pessoas a usar Internet no telemóvel (mais 6,8%) e de utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (mais 3,6%). A ANACOM realça, no entanto, que o aumento destes últimos acessos “teve neste trimestre o menor crescimento homólogo desde finais de 2020”.
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No que toca à quota dos prestadores, “a MEO foi o prestador com a quota mais elevada dos acessos móveis ativos com utilização efetiva”, com 38,4%. Segue-se a NOS (29,5%) e a Vodafone (28,2%). A NOWO e a Lycamobile contaram com quotas de 2,0% e 1,9%, respetivamente
A MEO foi também o prestador com a maior quota de subscritores de acesso à Internet em banda móvel (35,4%). Seguem-se a NOS com 32,4%, a Vodafone com 28,1%, a NOWO com 2,3% e a Lycamobile com 1,9%. A Vodafone teve a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (35,9%), seguida da NOS e da MEO (35,0% e 28,2%, respetivamente).
Estima-se que, no final do terceiro trimestre, 15,1% dos utilizadores de serviços móveis e 19,8% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede 5G. Já o número de utilizadores de Internet móvel através de 5G foi de 2 milhões, um valor que corresponde a uma penetração de 19,6 por 100 habitantes.
O tráfego gerado em redes 5G no terceiro trimestre representou 11,3% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 6,2 GB mensais por utilizador, avança a ANACOM.
O regulador avança que, no período em análise, a taxa de penetração dos acessos móveis ascendeu a 179,8 por 100 habitantes. Considerando apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo Machine-to-Machine - M2M), a taxa de penetração em Portugal seria de 130,1. Tendo em conta os os acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos, a taxa de penetração foi de 56,5 por 100 habitantes.
O número de acessos preparados para utilizar serviços móveis totalizou 18,8 milhões. Deste conjunto, 13,6 milhões (ou 72,4% do total) foram efetivamente utilizados. “Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,9 milhões”, indica a ANACOM.
O número de assinantes que efetivamente utilizaram o serviço, aumentou 241 mil (mais 1,8%) em comparação com o período homólogo em 2022. Segundo a entidade reguladora, a evolução é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos, que representam 67,3% do total de acessos efetivamente utilizados.
O número de planos pré-pagos voltou a verificar uma tendência decrescente, diminuindo pelo quarto trimestre consecutivo em comparação com o período homólogo em 2022 (menos 7,1%).
O tráfego de voz móvel em minutos diminuiu 3,9%. O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel foi, em média, de 210 por mês, representando perto de 7 minutos por dia. Em comparação com o trimestre homólogo, o tráfego médio mensal diminuiu 12 minutos (menos 5,6%). A duração média das chamadas foi de dois minutos e 52 segundos por chamada, menos três segundos (menos 1,4%).
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