Apesar do anúncio de aumentos salariais e nas pensões, os preços vão voltar a subir nos principais produtos e serviços: dos transportes aos bens essenciais. As telecomunicações são outra das áreas em que os preços vão mexer com a entrada no novo ano, com aumentos anunciados por três das principais operadoras.
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Do lado da MEO, a operadora avançou que vai avançar com a atualização de preços contratualmente prevista, onde normalmente fica ressalvada a possibilidade de uma revisão anual, em função dos valores da inflação. Fora dos aumentos de preços ficam os tarifários das submarcas Uzo e Moche.
No caso da NOS, a operadora detalhou, em declarações à Lusa, que no último ano “optou por não refletir os efeitos da inflação nos preços, absorvendo o aumento dos custos ao longo de toda a cadeia de valor”. Por outro lado, tendo em conta um contexto em que “diversos mercados têm anunciado revisões significativas de preços”, os preços vão subir em 2026.
No seu site, a operadora reitera que o “contexto inflacionista tem vindo a agravar os custos do sector das comunicações, nomeadamente os da energia, de transporte, de equipamentos de rede e até os dos serviços prestados pelos seus fornecedores”.
Por esse motivo, o preço dos serviços será atualizado “de acordo com o Índice de Preços do Consumidor anual de 2025 publicado pelo INE”, incidindo “sobre as mensalidades de serviços bem como as tarifas extra plafond”.
Os novos preços, que vão entrar em vigor a 1 de fevereiro de 2026, aplicam-se aos pacotes com televisão, tarifários móveis pós-pagos e tarifários fixos sem televisão para os clientes particulares. No que toca aos clientes empresariais, as atualizações nos preços abrangem os pacotes empresariais, assim como os tarifários móveis e NOS Central Pro.
Além da MEO e da NOS, a Vodafone vai atualizar os preços dos seus serviços de telecomunicações “até ao valor máximo da taxa de inflação” prevista para 2026 e de acordo com as condições dos contratos, indica a operadora no seu site.
Os novos preços serão aplicados a partir de 9 de janeiro, com a Vodafone a afirmar que as alterações vão permitir a continuação do investimento nas suas redes, produtos e serviços, ajustando as operações aos “custos crescentes de manutenção de rede e de inovação e qualidade de serviço”.
Note-se que, tal como sucede nas outras operadoras, existem algumas excepções. Neste caso, a atualização “não se aplica a novos contratos ou renovações, feitos a partir de 11 de novembro, do segmento particulares”.
Entre as excepções contam-se ainda os tarifários com contratos mais recentes, como RED All In, Yorn Chill e Yorn Net+. A Vodafone indica também que, no que respeita a novas adesões, refidelizações e upgrades de serviços empresariais, a atualização de preços não será aplicada durante os primeiros 6 meses.
DIGI sem "mexidas" nos preços para 2026
Para já, a DIGI foi a única das quatro principais operadoras a não anunciar alterações de preços para o novo ano. A operadora de origem romena, que entrou há um ano em Portugal, tem vindo a “agitar as águas” no mercado nacional das telecomunicações com a sua estratégia de preços mais baixos.
Ainda na primeira metade do ano, a DIGI, que adquiriu a Nowo em 2024, já servia 2,8% dos clientes de serviços em pacote em Portugal, o modelo mais representativo no consumo de serviços de telecomunicações, indicam dados da ANACOM.
Em termos de receitas, a empresa conseguiu captar 1,5% da faturação relativa ao mesmo tipo de serviços, entre janeiro e junho. Apesar das reclamações registadas ao longo do último ano, a operadora continua a destacar-se entre as ofertas mais baratas de serviços.
Segundo a ANACOM, em novembro, a DIGI apresentava a mensalidade mínima mais baixa para 9 dos 11 serviços analisados, incluindo o serviço telefónico móvel (STM) stand alone (4 euros) e os pacotes triple play (21 euros) e quadruple play (24 euros).
Aém da operadora, no mês passado, a NOS manteve a mensalidade mínima mais baixa na banda larga móvel através de PC/tablet/pen/router stand alone, com um valor de 7,99 euros, e é também referenciada com o valor mínimo mais baixo nos pacotes quintuple play, com um preço de 62,98 euros.
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