“A atribuição desta licença vai trazer enormes benefícios ao ecossistema das tecnologias de informação e comunicação em Moçambique”, refere uma nota do INCM.

Para a autoridade reguladora, a entrada da Starlink, cuja licença será oficialmente entregue em cerimónia simbólica na quarta-feira em Maputo, vai reforçar a expansão da banda larga em Moçambique, bem como melhorar a conectividade.

“O serviço de transmissão de dados a ser prestado pela Starlink vai complementar os outros disponíveis no mercado, sem, contudo, substituir as tecnologias já existentes”, acrescenta a nota do INCM.

A SpaceX pretende criar uma constelação de satélites para fornecer serviços de Internet de banda larga e cobertura global a baixo custo.

A empresa explicou que, enquanto a maioria dos serviços de Internet via satélite provém de satélites em órbita a cerca de 35.000 quilómetros da terra, a constelação Starlink está muito mais próximo, a cerca de 550 quilómetros, o que lhe permite reduzir o tempo de viagem de dados entre o utilizador e o satélite.

Atualmente, o piloto de internet por satélite da SpaceX está disponível em 16 países: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Áustria, Países Baixos, Irlanda, Bélgica, Suíça, Dinamarca, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Polónia e Portugal.

Recorde-se que, a 4 fevereiro, a SpaceX enviou para o Espaço um novo grupo de 49 satélites da sua rede Starlink para se juntarem à constelação de 2.000 satélites de Internet de banda larga, construídos pela empresa privada e colocados em órbita. No entanto, deste conjunto, 40 foram afetados por uma tempestade geomagnética.

Veja o momento em que um satélite Starlink se desintegra ao reentrar na atmosfera da Terra
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A SpaceX indicou anteriormente que, perante a tempestade geomagnética, a sua equipa deu instruções aos satélites para que entrassem em modo de voo seguro, minimizando a força do arrasto e protegendo-se do fenómeno.

Tendo em conta uma análise preliminar, a empresa deu a conhecer que o aumento do arrasto atmosférico a uma baixa altitude impediu os satélites de saírem do modo de voo seguro. Assim, espera-se que os satélites afetados venham a reentrar na atmosfera terrestre, desintegrando-se no processo.