A Apple continua a ser a empresa com melhor rentabilidade no mercado de smartphones. Apenas com uma quota de 13% das vendas do segundo trimestre deste ano, a empresa conseguiu captar 75% do lucro operacional e 40% das receitas do mercado. Contas feitas, isto significa que a fabricante consegue alcançar três quartos dos resultados operacionais, apenas com uma oitava parte das vendas.
O melhor resultado alcançado pela Apple nestes indicadores verificou-se no final de 2020, entre outubro e dezembro, quando a dona do iPhone concentrou metade das receitas do mercado, num crescimento de 28% face ao trimestre anterior e 86% dos resultados operacionais, mais 51% que nos três meses anteriores.
Já este ano, a fabricante perdeu algum terreno neste “campeonato”, mas nada que ponha em causa a liderança, mesmo em comparação com a Samsung que mantém um volume de vendas, em unidades, muito superior, mostram os dados compilados pela Counterpoint, que já tinha apresentado indicadores neste sentido.
Segundo a empresa de estudos de mercado, os resultados alcançados pela Apple nos últimos trimestres refletem o efeito da chegada ao mercado do primeiro equipamento 5G da marca. A Counterpoint defende ainda que, outro factor a favor da Apple nesta área, é a conveniência de se poder trocar entre diferentes equipamentos da marca, trabalhando num mesmo ambiente e usando as mesmas aplicações, do iPhone, ao iPad, passando pelo iMac. Esta transversalidade ajuda a atrair clientes para o ecossistema Apple - que muitas vezes preferem os modelos mais caros - e é um argumento que tem permitido à empresa cobrar preços elevados pelos dispositivos, uma estratégia que a empresa de estudos de mercado acredita ser para continuar.
A rival Samsung também mantém uma posição firme no segundo lugar deste ranking da rentabilidade, que só foi abalado quando a Huawei conseguiu tomar essa posição. No entanto, as restrições impostas à marca chinesa pelos Estados Unidos têm tido consequências severas e a Huawei, não só deixou de ser a segunda fabricante com melhores níveis de rentabilidade do mercado, como abriu espaço à ascensão de outras empresas para os lugares seguintes.
Quem mais lucrou com a reviravolta que a Huawei foi obrigada a dar à sua estratégia para mercados internacionais foram outras empresas chinesas, como a Xiaomi, a Oppo ou a Vivo. Destaque aqui para a Xiaomi, que no segundo trimestre do ano conseguiu ser a segunda empresa a enviar mais smartphones para as lojas.
No entanto, o trajeto da Xiaomi em termos de rentabilidade está ainda longe de acompanhar o crescimento das vendas, porque a empresa tem-se focado sobretudo nas vendas por volume, sublinha a Counterpoint. Com o primeiro objetivo alcançado, a fabricante deve começar agora a virar-se para o segundo - lucrar mais com cada venda - e a Counterpoint já identifica sinais dessa alteração de estratégia nos índices de rentabilidade da empresa, que começam a crescer. Este crescimento reflete o impacto da chegada ao mercado de modelos premium da marca, como o Mi Mix Fold, o Mi 11i ou o Mi 11X Pro.
A estratégia da Xiaomi deve continuar a passar pela diversificação do portfólio de equipamentos premium, algo que os seus concorrentes chineses mais diretos também vão fazer. A Counterpoint defende, no entanto, que esta estratégia vai demorar a dar resultados mais significativos, porque as duas principais empresas do mercado estão bem consolidadas nesses mercados e têm uma capacidade de aí marcar presença difícil de desafiar.
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