O número de assinantes do serviço de TV por subscrição (TVS) aumentou no segundo trimestre de 2024 ligeiramente (89 mil novas subscrições), relativamente ao segundo trimestre de 2023, registando-se um abrandamento da tendência (+1,9%) relativamente a igual período do ano anterior, revelam os dados da ANACOM. O número de subscritores é agora de 4,6 milhões, um crescimento de 1,9%, o mais baixo aumento desde o final de 2013.
O regulador assinala que, no segmento residencial, a penetração de TV paga é agora de 96 por 100 famílias, sendo que a maioria dos assinantes optou por este serviço integrado num pacote. Só 1,9% dos acessos foram comercializados isoladamente (single play).
Com as novas subscrições, a fibra ótica (FTTH/B) passou a representar 65,2% do total de assinantes, seguindo-se a TV por cabo (26,3%), a TV via satélite (DTH) com 6,8%) e o ADSL (1,7%).
A fibra ótica foi, aliás, a responsável exclusiva do crescimento do número de assinantes de TVS, tendo atingido os três milhões de assinantes no segundo trimestre e registado mais 179 mil assinantes face ao trimestre homólogo (+6,3%). O crescimento deve-se à captação de novos clientes, mas também à transferência de outras tecnologias para FTTH/B. É, no entanto, o crescimento anual mais baixo desde o surgimento desta tecnologia, em 2007, quando o serviço foi lançado em Portugal.
O serviço de distribuição de TV residencial representava, no final do segundo trimestre, 88,6% do total de assinantes, num total de 4,1 milhões de assinantes, uma subida de apenas 1,6% relativamente ao trimestre homólogo ou 65 mil novos subscritores.
Por seu lado, o segmento não residencial totalizou 527 mil assinantes, representando 11,4% do total, crescendo 4,1% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior.
A MEO foi o prestador com maior quota de assinantes do serviço de TV por subscrição (41,8%), seguindo-se o Grupo NOS (36,2%), a Vodafone (19,3%) e a NOWO (2,7%).
A MEO e a Vodafone foram os prestadores que, em termos líquidos, captaram mais assinantes face ao trimestre homólogo, tendo as suas quotas aumentado 0,4 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente. Por outro lado, diminuíram as quotas do Grupo NOS (-0,5 p.p.) e da NOWO (-0,2 p.p.).
No segmento residencial, a MEO e o Grupo NOS detinham as quotas mais elevadas (40,1% e 37,4%, respetivamente), enquanto, no segmento não residencial, a MEO detinha mais de metade dos assinantes (54,7%).
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