Os EUA publicaram uma nova Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária que prevê a comunicação dos automóveis entre si e com a envolvente, para reduzir o número de mortes na estrada, de preferência para zero.
O plano do Departamento de Transportes (DOT) visa “acelerar a implementação de conetividade vehicle-to-everything (V2X) segura e interoperável utilizando o espectro dedicado de 5,895-5,925 GHz e outro espectro disponível através da colaboração e coordenação entre o governo federal, o sector público e a indústria privada”. Em última instância, o objetivo é ter um sistema de transportes “mais seguro, protegido e eficiente, mantendo, em simultâneo, a privacidade e proteção dos consumidores”.
As estimativas da autoridade nacional de segurança rodoviária norte-americana apontam para quase 41 mil mortes em acidentes com veículos motorizados nos EUA, no ano passado. “O plano é um primeiro passo vital para a concretização de todo o potencial desta tecnologia para salvar vidas”, diz Jennifer Homendy, presidente do National Transportation Safety Board, na NPR.
Com a V2X os automóveis e camiões podem trocar informações entre si, com peões, ciclistas e outros utilizadores da estrada ou até mesmo com a infraestrutura rodoviária. A tecnologia permite a partilha de informações sobre posição ou velocidade, as condições da estrada ou de visibilidade, entre outras. “Esta é uma tecnologia comprovada que funciona”, disse Shailen Bhatt, diretor da Administração Federal das Autoestradas, na conferência de lançamento do plano.
É agora necessário o desenvolvimento e implementação generalizado de tecnologias móveis, nos veículos e nas estradas para que essa comunicação possa acontecer com eficiência e segurança, com cuidados relativos à privacidade dos condutores, explica o DOT. Alguns pequenos projetos já foram implementados no país que demonstraram benefícios para a segurança.
O plano prevê a adoção de infraestruturas V2X em todos o sistema nacional de autoestradas até 2036. Além disso, 85% dos cruzamentos das 75 principais áreas metropolitanas têm de estar sinalizados com sistemas V2X e devem ainda existir operações interoperáveis (5,895-5,925 GHz) e ciberseguras nos 50 Estados. O plano prevê ainda pelo menos 20 modelos de veículos com V2X a circular nas estradas norte-americanas.
A curto prazo, até 2028, os EUA querem a tecnologia V2X implementada em 20% do sistema nacional de autoestradas e 25% dos cruzamentos sinalizados nas principais áreas metropolitanas.
O plano foi inicialmente lançado em forma de projeto para comentário público em outubro do ano passado e as atualizações agora apresentadas incluem tecnologias de rede 5G e não terrestres, além do protocolo DSRC a 5,9 GHz.
A estratégia requer o envolvimento de um largo conjunto de stakeholderes, incluindo o governo federal, o sector público e a indústria privada. Os fornecedores de tecnologias V2X das fabricantes automóveis, as próprias marcas, os operadores de transporte de mercadorias, entre outros, têm de desenvolver e implementar a tecnologia nos seus negócios.
As preocupações com a segurança e privacidade dos dados também são apontadas na estratégia. “A cibersegurança é fundamental para garantir que as tecnologias V2X — e as informações que fornecem — podem ser utilizadas e fiáveis mediante procedimentos normalizados para validar se as informações estão corretas. A implantação segura do V2X inclui a garantia de que as informações de identificação pessoal (PII)”, lê-se no plano estratégico.
A Administração Federal de Autoestradas anunciou recentemente o investimento e 60 milhões de dólares em tecnologias relacionadas com V2X, em Maricopa, no Arizona, em Houston e No Utah, detalha o site especializado no sector automóvel EE News Automotive.
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