O “Stop 5G Algarve” assume-se como um movimento de cidadãos de âmbito regional e exige “uma discussão pública, séria e informativa, baseada em ciência isenta”, alertando para os riscos dos efeitos não térmicos da radiação eletromagnética artificial polarizada. “Pedimos o bom senso dos autarcas algarvios, no sentido de integrar as evidências e proteger os algarvios e a região da danosa tecnologia 5G e do aumento geral da poluição electromagnética”, pode ler-se num comunicado publicado na sua página do Facebook.
O movimento indica que tem duas ações marcadas, para 30 de maio e 6 de junho, para distribuir flyers informativos em várias cidades do Algarve, apesar das restrições relacionadas com a COVID-19, mas solicitando que sejam cumpridas as regras, mantendo-se os organizadores em pequenos grupos, no máximo de três pessoas, usando máscaras de proteção e aplicando com frequência álcool gel nas mãos.
Já foram também enviadas cartas a várias organizações públicas, entre as quais a ANACOM, Autoridade Nacional das Comunicações e os vários municípios do Algarve, assim como estabelecimentos de ensino e educação da região.
No comunicado “A Saúde Pública em risco no Algarve” são referidos vários estudos e casos de cidades onde alegam ter sido banida a instalação do 5G invocando o Princípio da Precaução. “Há mas de cinco décadas que estudos médicos e científicos comprovam os efeitos negativos imediatos mas também cumulativos da exposição humana à radiação eletromagnética artificial, mesmo a baixos níveis”, refere, apontando efeitos biológicos ao nível da saúde humana como dores de cabeça, disrupções do sistema digestivo e cardiovascular, patologias neurológicas, infertilidade, depressão ou suicídio, entre outras.
O apelo é feito também à sociedade civil, sublinhando-se que a tecnologia está a ser implementada em Portugal, e em todo o mundo, “sem que seja levada a cabo uma séria discussão pública sobre o assunto”.
O movimento Stop 5G Algarve não é o único em Portugal a protestar contra a instalação das redes 5G. O MOPPE Porto tem uma petição da precaução em relação ao 5G que conta com mais de 7.700 assinaturas
Na petição refere-se que “O 5G aumentará maciçamente a exposição à radiação de radiofrequência (RF). Estas micro-ondas de alta frequência (3,5-96 GHz) têm sido usadas militarmente para dispersão de multidões e podem ser facilmente usadas para ferir ou matar. Têm efeitos sérios e mortais no ser humano e em vários animais, pássaros, vida marinha e abelhas. A implantação do 5G constitui um experimento sobre a humanidade e o meio ambiente sem conhecimento e consentimento da população e vai contra o princípio da precaução.”
Em abril o PAN pediu esclarecimentos sobre a implementação do 5G ao Ministro da Economia e ao Ministro das Infraestruturas e Habitação e considerou https://www.pan.com.pt/pan-pede-esclarecimentos-sobre-implementacao-da-rede-5g/ fundamental que, de uma forma clara e concreta, se identifiquem os principais riscos ambientais e de saúde pública decorrentes da implementação de uma rede 5G
A nível internacional existem vários movimentos de oposição à instalação de redes 5G e no Reino Unido as iniciativas têm levado à destruição de várias antenas. Em abril contavam-se já 53 torres incendiadas e a BBC dava hoje conta de mais uma destruição de uma antena em Breadsall, Derby, que tinha acabado de ser instalada.
Esta não é uma realidade na qual o movimento de cidadãos STOP 5G Algarve se reveja. "Temos pouco, ou nenhum, conhecimento sobre os movimentos de protesto no Reino Unido. De igual modo, desconhecemos qualquer teoria que ligue o 5G à pandemia do Covid-19", refere o movimento em resposta escrita ao SAPO TEK, indicando ainda que "o movimento de cidadãos STOP 5G Algarve prima, exclusivamente, por princípios e valores como o civismo e a não-violência; e não se revê em manifestações que desvirtuem o bem-estar social, a paz e o respeito cívico".
Nota da Redação: A notícia foi atualizada a pedido do movimento de cidadãos STOP 5G Algarve para sublinhar que as ações de informação realizadas cumpriram as normas de saúde e segurança, indicando ainda que "é de máxima importância para o movimento STOP 5G Algarve não ter qualquer associação a falsas “teorias da conspiração” ou a quaisquer comportamentos desvirtuosos ou disruptivos"
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