
A operadora espanhola MasOrange (que nasceu da fusão da Orange e a MásMóvil) começou a implementar a nova rede 5G Advanced, também conhecida como 5.5G. Sevilha será a primeira cidade a receber a infraestrutura de comunicações de nova geração, esta que pretende ser a ponte para o futuro 6G. Segundo o CEO da empresa, Meinrad Spenger, a infraestrutura será pioneira na Europa e a primeira do género em Espanha.
O projeto está a ser implementado em La Cartuja, dentro do âmbito Seville eCity, que servirá para desenvolver projetos-piloto em empresas e na Universidade de Sevilha, assim como criar casos de uso, avança o jornal espanhol CincoDías. Na primeira fase, a infraestrutura contém as bandas média e baixa, o espectro de 26 GHz e 140 MHz da banda de 3,5 GHz da MasOrange. A empresa promete um aumento de velocidade, menor latência, permitindo avançar com novos serviços, entre eles a deteção e novas chamadas 5G, cita o jornal.
Para implementar a infraestrutura, a MasOrange colaborou com a Huawei, mesmo que a fabricante chinesa continue na “lista negra” tanto dos Estados Unidos como de Bruxelas no que toca a assuntos referentes ao 5G. Em Portugal ainda se discute o impacto em afastar a empresa chinesa da lista de fornecedores.
A CEO da Altice Portugal revelou preocupações no momento de deliberação que retirou a Huawei da lista em Portugal, diminuindo a concorrência na área, o que diminui as opções. Um estudo indicou que os preços dos serviços 5G poderiam aumentar 7% se a Huawei fosse excluída do processo.
Antes do anúncio da parceria com a Huawei, o CEO da MasOrange viajou à China para conhecer os mais recentes avanços da tecnologia 5G, tendo reunido com três dos maiores operadores de comunicações móveis no país. No início de março as duas empresas tinham assinado a criação de um Centro de Operação de Rede.
O 5.5G tem como objetivo oferecer um desempenho 10 vezes maior que o 5G convencional, ou seja, 10 Gbps de download e 1 Gbps de upload. Recorde-se que ainda recentemente as ofertas na rede fixa chegaram aos 10 Gbps, assente na tecnologia de fibra de última geração XGS-PON. As redes móveis 5.5G vão ser capazes de suportar 100 mil milhões de ligações IoT, que em comparação com as 5G convencionais, apenas permitiam 10 mil milhões de ligações.
As redes 5.5G vão dessa forma ser construídas nas fundações base introduzidas pelo 5G. Se o 5G introduziu os novos standards para a conetividade sem fios, o 5.5G é o exercício de puxar os seus limites mais além. Mas sobretudo, corrigir desafios específicos colocados pelas atuais redes 5G. As normas e especificações do ecossistema estão a ser conduzidas, como sempre pela 3GPP, num projeto colaborativo entre todos os stakeholders em preparação para a transição mais tarde para o 6G.
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