A China acusou os Estados Unidos de roubar segredos e infiltrar-se no Centro Nacional de Serviço de Tempo. As acusações foram feitas pelo Ministério de Segurança do Estado da China à Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, apontando sérias brechas que podem ter afetado redes de comunicações, sistemas de financiamento, abastecimento de energia e o sistema internacional de tempo, avança a Reuters.

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Segundo a agência noticiosa, a operação de ciberataques tem vindo a acontecer há algum tempo, tendo o registo de provas sobre dados e credenciais que foram roubadas às organizações chinesas desde 2022. Segundo as autoridades chinesas, estes dados foram usados para espiar os serviços e redes móveis dos funcionários.

O ministério aponta que o serviço de inteligência dos Estados Unidos explorou uma vulnerabilidade num serviço de mensagens de um smartphone fabricado fora da China, para aceder aos equipamentos dos funcionários. A marca do equipamento não foi mencionada no comunicado.

Os investigadores descobriram que os Estados Unidos lançaram ataques na rede interna do Centro Nacional de Serviço de Tempo, procurando executar um ataque de alta-precisão ao sistema de Tempo entre 2023 e 2024.

As acusações entre os dois países continuam no novo capítulo. Logo no início de janeiro, foram os Estados Unidos a apontar um ciberataque que comprometeu diferentes agências da secretaria do Tesouro, no qual foram roubados documentos não classificados. Os hackers comprometeram a Agência de Controlo de Ativos Estrangeiros dos EUA, o departamento de Investigação Financeira e ainda a pasta da Secretaria do Tesouro.

Nos últimos meses a rede social TikTok tem estado no centro das negociações tensas entre a China e os Estados Unidos, mas a "novela" que envolve a permanência da rede social nos Estados Unidos é mais longa e começou com o próprio Donald Trump a considerar banir a app, ainda no primeiro mandato, uma intenção quando voltou a ser eleito acabou por reconsiderar. Em 2020 o TikTok tinha sido colocado numa lista negra de empresas chinesas por questões de ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. O mesmo que já tinha acontecido a outras fabricantes chinesas, como a Huawei e ZTE.

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