Hoje é o 36º dia de licitações no leilão do 5G que é recordista em Portugal para a aquisição de licenças e que se arrasta já desde dia 14 de janeiro, somando um total de 245,84 milhões de euros. Nos últimos dias têm sido os vários lotes da faixa dos 3,6 GHz a dinamizar o interesse dos operadores, mas hoje a faixa dos 2,6GHz, que não tinha licitações há mais de 20 dias, voltou a acender o interesse, aumentando para 5,246 milhões de euros e subindo mais de 800 mil euros, valendo já mais 68% do que o valor de reserva de espectro.
A informação diária partilhada pela Anacom revela que se registaram 6 rondas, o que tem sido habitual desde o primeiro dia do leilão. Ontem as licitações tinham aumentado 981 mil euros em relação ao dia anterior, mas hoje passam os 1,5 milhões de euros.
No total das duas fases de leilão, somada a fase dos novos entrantes e a fase principal que está a decorrer, o Estado já poderá encaixar mais de 330 milhões de euros com as licenças de 5G em Portugal.
Na faixa dos 3,6 GHz, onde há 40 lotes a concurso, houve licitações para 20 lotes, com pequenos incrementos face aos dias anteriores, num máximo de 3 a 5%, mas hoje um dos lotes aumentou mais, o I3. Mesmo assim não é o que mais valorizou nos 3,6 GHz, com alguns lotes a mais do que duplicar o preço.
Tudo indica que estas são movimentações estratégicas dos operadores, tam como acontece na faixa dos 2,6GHz onde houve hoje licitação no lote G1, que já não mexia de valor desde o 10º dia do leilão e que foi o que menos valorizou desde o início, apesar de ter 25 MHz. Os outros dois lotes nesta faixa, o F1 e F2, tinham subido mais de 200% de preço e estão entre os que mais valorizaram no total do leilão, até agora, a par da faixa dos 2,1 GHz que é estratégica para quem quer fazer um upgrade ao 4G e ainda aproveitar a boleia da requalificação prevista para o 5G.
As faixas dos 900 MHz e dos 700 MHz continuam a não registar alterações desde o início da fase principal do leilão, com licitações nos 6 e 19,2 milhões de euros, respetivamente, e há um lote sem qualquer oferta desde o início do leilão, por sinal um dos mais valiosos nos 700 MHz.
De acordo com o regulamento, o leilão só terminará quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação das licenças e, por fim, a atribuição.
Ainda ontem, um novo estudo da Anacom, relativo às medições realizadas aos diferentes ensaios do 5G em 2020, revelou que Portugal continua bem posicionado ao nível da segurança da radiação, considerando os valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 19h36
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