Durante os ensaios do 5G realizados em Portugal em 2020, a Anacom fez um conjunto de medições dos respetivos níveis dos campos eletromagnéticos (CEM) gerados no processo. Os dados visavam elaborar um estudo sobre o impacto do 5G, no que diz respeito à exposição da população em geral ao CEM, nas faixas de 3,4-3,8 GHz (3,6 GHz), que foram autorizados pela reguladora.
A Anacom procedeu a medições em cinco localizações, nas imediações de quatro implementações do 5G diferentes. Nas suas conclusões, a reguladora afirma que as redes 5G estavam a funcionar de acordo com os requisitos técnicos adequados, neste caso na faixa dos 3,6 GHz. Refere que em termos globais, os valores medidos estão mais de 50 vezes abaixo dos níveis de referencia a nível internacional, publicados pela Organização Mundial de Saúde.
Salienta que estas redes 5G, no que diz respeito aos níveis da exposição total, é muito pouco significativa quando comparada com as redes móveis atualmente em operação.
A entidade reguladora afirma que desde que faz avaliações de radiações não-ionizantes, cerca de 2.000 desde o ano 2000, 100% cumprem os padrões de referência. E que apenas em 3% dos casos, os valores não foram inferiores a 50 vezes abaixo do nível de referência.
Em junho, no início das medições da Anacom, existiam 44 estações ativas na faixa dos 3,6 GHz em Portugal. Em 15 de dezembro, existiam autorizações para ensaios técnicos 5G em 39 concelhos, como se pode ver no mapa.
De recordar que o processo do leilão das frequências continua bem ativo, somando o seu 34º dia com licitações a ultrapassar os 243 milhões de euros. Ainda não se sabe quando é que as frequências vão ser atribuídas, e quando os serviços vão ser lançados ao público, mas as operadores de telecomunicação já deram início às suas campanhas.
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