Sem apontar uma crítica direta aos seus intervenientes, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, deixou a crítica no Parlamento de que o Leilão 5G já está a decorrer há demasiado tempo, acrescentando que já é tempo demais, segundo uma nota do Negócios.
Durante a sua intervenção refere que “Preferíamos mil vezes que o leilão terminasse já do que ter receita maior”, caindo numa contradição de março, onde demonstrava o desejo de se continuar a aumentar as licitações, pois o dinheiro fazia falta para investir em outros objetivos.
De recordar que o leilão atingiu ontem o seu 130º dia da fase principal, com as propostas a ultrapassarem os 335 milhões de euros, resultando num encaixe potencial de quase 420 milhões de euros. Há muito que o interesse dos operadores está centrado na faixa dos 3,6 GHz. Porém, a cada dia, esta faixa nativa do 5G registam-se subidas a "conta-gotas" de 1% em relação a 12 lotes.
Apesar do desejo que o leilão terminasse rapidamente, para tornar o 5G uma realidade em Portugal, assume que o governo não tem forma de interromper ou acelerar o processo. Apesar da mudança das regras pela Anacom, o processo não acelerou e ainda conseguiu "irritar" as operadoras em concurso. Pedro Nuno Santos apelou a todos a importância de acelerar o leilão, incluindo quem está a participar nas licitações. A entidade reguladora não afasta a possibilidade de voltar a alterar as regras, para tentar impedir que se registem aumentos de valor de 1 e 3%.
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