Depois dos estádios e hospitais, os testes-piloto da rede 5G chegam ao ensino. A NOS e a Ericsson revelaram hoje que a Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, está equipada com rede 5G no desenvolvimento de pilotos na área da Educação. Neste primeiro teste em ambiente escolar, foi realizada uma experiência de realidade virtual, ligando a Escola de Matosinhos ao Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.
A escola João Gonçalves Zarco é reconhecida e premiada internacionalmente pelas suas iniciativas de inovação, salienta a NOS, beneficiando agora de uma rede 5G para as comunicações móveis, “para que toda a comunidade escolar possa, desde já, começar a tirar partido da tecnologia que promete revolucionar todos os sectores críticos da sociedade”, é referido no comunicado.
O teste consistiu numa espécie de visita de estudo virtual ao Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva realizado pelos alunos da turma de Ciências e Tecnologias do 12º ano, utilizando uma solução de realidade virtual através do 5G. Com mais de 300 quilómetros a separar a escola à exposição, os alunos puderam interagir, de forma mais imersiva e real, com os conteúdos disponíveis na Sala Explora do Pavilhão do Conhecimento. Para tal foi utilizado um robot equipado com uma câmara de 360º, controlado pelos alunos.
Veja na galeria imagens da escola equipada com 5G:
Mais que um teste-piloto, a NOS e a Ericsson realizaram uma parceria para dar continuidade ao projeto e desenvolver mais conteúdo educativo assente no 5G nesta escola. O objetivo é dotar alunos e professores de novos métodos de ensino e aquisição de conhecimento.
“O 5G abre perspetivas para transformações nunca antes vistas nos modelos de ensino atuais, potenciando estimulantes experiências de aprendizagem e reduzindo barreiras geográficas e sociais”, salientou Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da NOS. Para Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal, as redes móveis vão ter um papel fundamental na ligação dos estabelecimentos escolares aos alunos. Também o diretor da escola, José Ramos, salienta que este novo projeto dá continuidade a um percurso de mais de 60 anos “a construir futuros”, e na procura e adoção de soluções tecnológicas disruptivas, que se traduzem na capacitação dos alunos numa sociedade cada vez mais exigente e complexa.
Os objetivos do 5G na educação
A NOS refere que o 5G abre portas a melhores práticas de ensino, usando metodologias colaborativas, formatos interativos, virtuais e assistidos, que vai permitir estimular, enriquecer e facilitar a aprendizagem. A NOS acredita que o 5G vai democratizar o acesso às ferramentas digitais, massificando as aulas virtuais, e dessa forma reduzir as barreiras físicas e económicas, com conteúdos lecionados e acompanhados à distância. Nesse sentido, as escolas vão estar menos limitadas pelo espaço e pelo tempo, com o 5G a acelerar essa tendência.
O 5G vai também permitir aceder aos conteúdos educativos de forma mais imediata. Comparado com o tempo que demora atualmente a descarregar vídeos em alta definição, na próxima geração bastam segundos para fazer streaming de vídeo com qualidade 8K.
A nova tecnologia promete ainda modernizar os métodos de ensino. A velocidade e latência perto do nulo, vai potenciar o uso da realidade virtual e aumentada, com experiências locais e maior nível de interação e qualidade. Espera-se que o acesso aos recursos multimédia proporcione experiências mais imersivas, como o exemplo do teste realizado hoje, as visitas de estudo virtuais.
Por fim, na visão da NOS, a tecnologia 5G vai desmaterializar os recursos e a literacia digital, prometendo promover a digitalização dos conteúdos didáticos, assim como os processos de ensino e avaliação, num reforço da aprendizagem de competências digitais essenciais.
Em maio foi transmitido o clássico Benfica-Porto, como estreia do uso de 5G na cobertura televisiva, filmado com câmaras de TV equipadas com 5G, suportados por smartphones 5G. O objetivo foi criar uma experiência televisiva mais imersiva e completa.
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