De acordo com dados de um novo relatório da ANACOM, em 2022, 93% das famílias portuguesas dispunham de serviços fixos de comunicações eletrónicas. A TV por subscrição (TVS) afirma-se como o serviço com maior número de utilizadores (87,9%), seguindo-se o de acesso à Internet fixa (82,6%) e o serviço telefónico fixo (73,1%). Durante o ano passado, a banda larga móvel foi utilizada por 48,3% das famílias.
Os dados indicam que o serviço de acesso à Internet, tanto fixo como móvel, foi utilizado por 88,2% das famílias no ano passado: mais 0,9 p.p. do que em 2021 e mais 8,7 p.p. em comparação com os últimos quatro anos. A ANACOM realça que Portugal tem vindo a aproximar-se dos valores médios registados na UE e, em 2022, estava 5 p.p. abaixo da média europeia.
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Cerca de 85% dos indivíduos questionados referiram ter utilizado a Internet nos três meses anteriores a serem inquiridos. O valor representa uma subida de 3 p.p. em relação a 2021, mas menos 5 p.p. em comparação com a média da UE.
Segundo o relatório, a combinação de serviços mais usada pelas famílias ao longo do ano passado contava com o serviço telefónico fixo, banda larga fixa, TV por subscrição e banda larga móvel (34,8%). Segue-se a combinação entre serviço telefónico fixo, banda larga fixa e TV por subscrição (28,6%). Já 9,1% das famílias utilizavam a combinação entre banda larga fixa, TV por subscrição e banda larga móvel (9,1%).
No ano passado, 85,6% das famílias em Portugal dispunham de ofertas em pacote, com a TV por subscrição a representar o serviço mais subscrito nesta categoria (93,9%), seguindo-se a banda larga fixa (90,8%) e o serviço telefónico fixo (78,2%).
Ao todo, 97% dos inquiridos com idades entre os 16 e os 74 anos usavam o serviço telefónico móvel. A ANACOM detalha que a presença de serviços móveis em ofertas em pacote é cada vez mais comum. Cerca de 73,1% das famílias que usufruíam deste tipo de ofertas referiram dispor de acesso ao serviço telefónico móvel. Já 68,4% dispunha de Internet através do telemóvel e 11,5% de acesso à banda larga nível através de PC/tablet/pen/router.
A Área Metropolitana de Lisboa e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira foram as que registaram uma maior proporção de famílias com acesso aos serviços fixos de comunicações eletrónicas e aos serviços em pacote.
A entidade reguladora indica que, no que respeita à TV por subscrição e aos serviços em pacote, a penetração foi superior a 90% nestas regiões. No que toca à Internet fixa, a penetração variou entre 86% e 89% e, no caso do serviço telefónico fixo, a variação foi entre 76% e 82%.
A penetração da banda larga móvel registou uma menor disparidade entre regiões. A Área Metropolitana de Lisboa e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira registaram níveis superiores ou iguais a 50%.
Qual é o perfil dos consumidores?
Os serviços de comunicações eletrónicas tendem a ser mais utilizados por indivíduos com idades mais jovens, mais instruídos, empregados ou estudantes e com rendimentos mais elevados.
Por outro lado, o serviço telefónico fixo segue um padrão diferente, com valores de adesão acima da média para indivíduos com idades a partir dos 65 anos e abaixo da média para os que têm idades entre os 25 e os 44 anos.
O motivo mais referido para não dispor de serviço telefónico fixo em casa foi a substituição do mesmo pelo móvel (74%). Já no que respeita à não utilização do serviço de TV por subscrição, 41% dos inquiridos referiram motivos financeiros, 29% mencionaram a não utilidade do serviço e 17% indicaram que não tinham tempo ou o hábito de ver televisão.
As questões relacionadas com literacia digital são o principal motivo para as famílias não terem acesso à Internet, com 48% a afirmarem que não sabiam utilizar a tecnologia. Seguem-se motivos associados ao custo elevado do acesso e do equipamento (15% e 9%, respetivamente).
Os indivíduos com menor nível de escolaridade ou em situação de desemprego registaram uma maior propensão para não dispor de TV por subscrição e do serviço telefónico móvel. Segundo a entidade reguladora, a população empregada foi outro dos grupos com maior propensão a não ter telefone fixo, com os indivíduos reformados a apresentarem maior propensão para não disporem de TV por subscrição.
Aliás, há uma maior tendência para os indivíduos de idades mais elevadas nunca terem utilizado o serviço de acesso à Internet ou a não disporem de TV por subscrição. Por outro lado, a utilização de telefone fixo é menos expressiva entre os indivíduos de 25 a 44 anos.
As famílias com menores rendimentos apresentaram uma maior propensão para não disporem de serviços de comunicações eletrónicas: 34% no caso do serviço telefónico fixo, 27% no caso da TV por subscrição e 23% no caso do serviço de acesso à Internet.
As regiões do Alentejo e Algarve registaram as maiores proporções de famílias sem serviço telefónico fixo e as regiões Norte, Alentejo e Centro registaram uma menor propensão para a utilização do serviço de acesso à Internet e da TV por subscrição.
Olhando para o segmento empresarias, no ano passado, a penetração de Internet entre as microempresas foi de 87% e no caso das pequenas empresas foi de 97%. Quase todas as médias e grandes empresas tinham serviço de acesso à Internet.
No que toca às empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, a penetração de banda larga fixa foi de 95%: um valor que está 1 p.p. acima da média da UE. Cerca de 70% das microempresas e 86% das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço disponibilizavam uma ligação móvel à Internet para fins profissionais aos seus colaboradores.
A ANACOM afirma que o crescimento anual da penetração de banda larga móvel foi mais notório nas microempresas (mais 21 p.p.). As empresas com 10 ou mais pessoas registaram o maior aumento anual da última década (mais 17 p.p.). "A penetração de BLF (Banda Larga Fixa) e de BLM (Banda Larga Móvel) em Portugal ficou acima da média da UE27 em quase todas as dimensões empresariais e na maioria dos sectores de atividade", realça a entidade reguladora.
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