A Altice Portugal aproveitou hoje o ambiente do Moche XL eSports para fazer com a RTP as primeiras transmissões em direto com rede 5G. Usando o mesmo setup pré comercial que já foi utilizado para outras demonstrações do potencial da quinta geração móvel, a operadora dá mais um passo relevante para mostrar que está preparada para o lançamento do serviço, como explicou ao SAPO TEK Luis Alveirinho, CTO da Altice.
"Este é ainda um ambiente fechado mas mostra o potencial real do 5G", explicou Luis Alveirinho, afirmando que a principal diferença em relação aos testes que têm sido feitos do 5G é a demonstração de um serviço real, beneficiando da velocidade de transmissão, alta qualidade de rede e baixa latência.
"O que temos aqui é uma evolução do que os cameramen já usam nos diretos, com os dongle 4G", adianta, explicando que a partir da Altice Arena o sinal é enviado para a antena de Monsanto em 5G.
Na demonstração é usada uma antena e equipamento de rádio 5G da Huawei, e a Altice mostrou também os equipamentos terminais que já estão disponíveis, como o Huawei Mate 20X5G e um gateway da Huawei. Com este sistema é possível atingir um débito de comunicação de até 1.7Gbps.
A primeira transmissão foi feita à 14h40 de hoje, e estão ainda previstas mais duas, uma às 18h15 e outra às 19h00.
Apesar de ser parceira tecnológica do evento, o 5G não é usado em mais nenhum dos suportes de rede do evento de eSports que decorre no Altice Arena, mas esta é uma área de grande potencial, dada a necessidade de ter maior velocidade e menor latência.
Confiança para lançar o 5G
Luis Alveirinho adiantou ao SAPO TEK que enquanto a Anacom não libertar o espectro e comunicar as condições de licenciamento da rede 5G os testes servem para mostrar que a Altice está preparada para lançar o serviço.
"A noção que temos é que estamos mais preparados para o processo do que o regulador", afirmou, lembrando que é importante que sejam comunicadas as regras de licenciamento para que os operadores se preparem.
O preço do licenciamento é mais uma vez apontado como um elemento relevante nesta equação, já que quanto mais os operadores gastarem no espectro menos capacidade têm de investir na infraestrutura.
Luis Alveirinho refere mesmo como negativos os exemplos da Alemanha e da Itália onde o licenciamento se aproximou dos 6 mil milhões de euros, valores que mesmo à escala de Portugal - onde rondariam os mil milhões - se tornariam incomportáveis.
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação
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