O 5G ainda não chegou a Portugal mas, a nível global, os utilizadores estão a fazer da tecnologia a geração de rede móvel que mais cresce em termos de assinaturas. A conclusão é divulgada pela "voz" do 5G e LTE em toda a América, a 5G Americas, com base em dados da consultora Omdia que revelam que, no quatro trimestre de 2019, existiam mais de 17,7 milhões de subscritores. Estes números representam um crescimento de 329% em relação ao trimestre anterior e está cinco milhões de assinantes à frente das projeções anteriores, com a “explosão” de redes 5G comerciais padrão 3GPP a serem o principal contributo
O presidente da 5G Americas, Chris Pearson, refere-se a 2019 como um "fantástico ano", uma vez que a adoção da tecnologia superou a maioria das previsões. 2020, garante o especialista, concentra-se agora no crescimento de novos equipamentos com a 5ª geração de rede móvel, aumentando a cobertura, a densidade da rede e levando, provavelmente, às primeiras implantações 5G "stand alone".
Depois de no final de 2019 a T-Mobile garantir que avançou com a "primeira rede global" de 5G nos Estados Unidos da América, uma primazia disputada pela Coreia do Sul, a associação explica que a rápida ascensão do 5G é bastante superior em relação aos seus antecessores. O olhar está muito focado no espaço de influência norte americano, deixando de fora a Ásia onde o 5G tem também avançado rapidamente.
Segundo a 5G Americas, a tecnologia LTE conta agora com 5,3 mil milhões de ligações após dez anos de funcionamento. "Embora tenha sido disponibilizada comercialmente no último trimestre de 2009, a tecnologia foi usada por apenas cerca de 1.000 clientes na Europa Ocidental inicialmente", garante a associação da indústria de telecomunicações de LTE e 5G na América.
Um ano depois, a América do Norte contribuiu com mais 20.000 clientes, elevando o total para 23.250 subscrições a nível global. Feitas as contas, foram necessários aproximadamente dez trimestres, ou até ao primeiro trimestre de 2012, para que as redes 4G LTE atingissem 17,9 milhões de subscrições, aproximadamente onde o 5G está hoje. Já no caso do 3G, a rede não atingiu essa marca até dezembro de 2010, após 11 trimestres, sendo a diferença ainda maior em relação ao 2G. Neste caso, apenas em dezembro de 1995, passados 14 trimestres, é que foi alcançada essa meta.
A contribuição da "explosão" de redes 5G comerciais padrão 3GPP
De acordo com a 5G Americas, o rápido crescimento da 5ª geração de rede móvel foi impulsionado por uma "explosão" de implantações de redes 5G comerciais padrão da 3GPP, a organização responsável pela gestão e estandardização da tecnologia. Atualmente existem 59 redes comerciais 5G, número que deve quadruplicar para 200 até o final de 2020, segundo dados da TeleGeography.
Em termos de distribuição geográfica, até ao final de 2019 a América do Norte eram quem liderava a lista, com 587.000 subscrições de 5G e 483 milhões da tecnologia LTE. Estes valores significam um aumento de 284% em relação ao terceiro trimestre do ano passado em toda a região. Já a América Latina e as Caraíbas terminaram o ano passado com 1.237 assinaturas 5G, um aumento superior ao dos Estados Unidos, desta vez de 314%, e 366 milhões em relação à rede LTE.
No que diz respeito a previsões, a consultora Omdia prevê que as subscrições do 5G irão atingir os 91 milhões em todo o mundo até ao final de 2020, com a América do Norte a representar por si só 13,9 milhões. Quanto às redes 4G e LTE espera-se que cheguem aos 5,9 mil milhões, destacando-se novamente a América do Norte, que deverá contar com 513 milhões.
Apesar dos dados animadores agora divulgados, a verdade é que nem o 5G tem saído imune ao novo Coronavírus que está a deixar milhões de pessoas em casa em todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, a consulta do leilão da 5ª geração da rede móvel foi adiada por tempo indeterminado e, no caso francês, a situação foi ainda mais grave, num país onde o início do leilão foi também ele adiado.
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