
Ao todo, os inquiridos que fizeram parte do mais recente inquérito da DECO PROteste correspondem a 15.535 serviços de streaming de vídeo ou televisão subscritos, 10.645 telemóveis ativos, 9.313 lares com internet fixa, 3.503 telefones fixos instalados e 3.096 serviços de internet móvel contratados.
O telemóvel e o streaming são os serviços mais procurados. Por outro lado, entre os serviços menos procurados destacam-se os de telefonia fixa. Apenas 5% dos inquiridos reconhecem utilidade no caso de telefone fixo. Na edição de 2024 do estudo, esta proporção correspondia ao dobro.
Apesar de o telemóvel e o streaming serem, de modo geral, os serviços mais bem avaliados. a satisfação dos consumidores não é total. Aspectos como a qualidade do sinal, a estabilidade da ligação e a diversidade de conteúdos “exigem melhorias contínuas por parte dos operadores”, realça em comunicado.
Aos consumidores, a organização alerta para a “necessidade de avaliar cuidadosamente os custos associados a este consumo crescente”, assim como para a escolha de planos que sejam adequados às necessidades individuais.
A DECO PROteste afirma que a persistência da fidelização é motivo de preocupação, ao limitar a liberdade de escolha dos consumidores. A maioria dos consumidores inquiridos no estudo mantém-se fiel ao seu operador, mesmo que existam alternativas mais vantajosas.
Perante este cenário, a organização questiona se “a comodidade da fidelização não estará a impedir a procura por melhores serviços e preços”.
Como realça o estudo, a satisfação com a internet fixa está diretamente relacionada com a velocidade, sendo a fibra ótica a opção preferencial. Embora reconheça a importância das infraestruturas de Internet fixa de alta velocidade, a DECO PROteste aponta que a cobertura e a qualidade dos serviços ainda não são uniformes, o que cria disparidades regionais.
Nuno Figueiredo, porta-voz da DECO PROteste, realça que é "fundamental alertar para a necessidade de maior transparência nas condições de subscrição dos serviços de streaming" e para a “crescente preocupação com práticas demasiado restritivas, que implicam a introdução de mecanismos para evitar a partilha de contas".
Nesse sentido, é importante que "os consumidores avaliem criteriosamente os pacotes de serviços oferecidos pelos operadores, evitando a subscrição de serviços desnecessários", afirma, acrescentando que "a transparência, a clareza, a eficiência e a disponibilidade são elementos essenciais para garantir a satisfação e a confiança dos consumidores”.
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