A velocidade das ligações residenciais de internet em Portugal rondava no final de março os 132 Mbps, enquanto as ligações via rede móvel disponibilizam pelo menos uma velocidade de 18 Mbps. Os números referem-se ao débito das ligações no download e em termos médios, como concluiu a Anacom a partir dos testes realizados durante os primeiros três meses do ano, em acessos fixos e móveis. Os valores obtidos mostram que, a generalidade dos utilizadores de serviços de internet em Portugal, tiram partido destas velocidades ou de velocidades superiores a estas.
No upload, os testes realizados revelam velocidades médias de 87 Mbps ou superiores nas ligações fixas e de 8 Mbps, ou superiores, nos acessos móveis. Já a latência registada foi de 13 milissegundos (ms) ou menos, nos acessos fixos residenciais, e de 35 ms ou menos, nos acessos móveis.
Na comparação com dados do mesmo período do ano passado, regista-se uma melhoria de 38% na velocidade de download e de 35% no upload. Só os indicadores da latência não acompanharam esta tendência de melhoria e, pelo quarto trimestre consecutivo desde 2019, pioraram ligeiramente, aumentando 8% no último ano. Isto na rede fixa.
Nos acessos móveis, todos os indicadores melhoram. A velocidade média dos downloads aumentou 11%, a velocidade de upload melhorou 8% e o tempo de latência diminuiu em 8%. Num e noutro caso, a melhoria das velocidades médias de acesso à internet é atribuída, entre outros fatores, à adesão dos utilizadores a pacotes de serviços mais generosos nesta matéria.
A Anacom ressalva que os resultados médios apurados pelos testes seriam melhores, se fossem apenas considerados os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel, realizados na app. Aí foi apurada uma velocidade média no download de 52 Mbps, 15 Mbps no upload e uma latência de 31 ms. Os testes realizados apenas a acessos 5G ficaram ainda acima destes números, com uma velocidade média de download de 138 Mbps, 29 Mbps no upload e 29 ms de latência.
Nestes primeiros três meses do ano foram realizados 183 mil testes à velocidade dos acessos à Internet, a uma média de 2.031 testes diários, menos 14% que no período homólogo.
A maior parte destes testes (65%) foram realizados a acessos fixos residenciais, boa parte deles no período entre as 16 e as 22 horas, e os restantes (26%) a acessos móveis. Os testes a acessos móveis foram realizados em dois períodos distintos, entre as 10 e as 11 horas e entre as 15 e as 16 horas. Só em três dos 308 concelhos do país não foram realizados testes. Já a área metropolitana de Lisboa foi aquela que acolheu um maior número de testes, seguida da região Norte.
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