Os Mapas de Risco Político e de Terrorismo e Violência Política, produzidos pela seguradora Aon em conjunto com o Continuum Economics e The Risk Advisory Group, revelam que o aumento do terrorismo de extrema-direita na Europa está a criar novas vulnerabilidades para empresas.
Estes mapas avaliam o risco político, o terrorismo e a violência política em todo o mundo. Este ano o cenário tornou-se mais complexo pelo ressurgimento de políticas populistas que encorajaram mudanças potencialmente fraturantes e que podem alimentar ideologias extremistas prejudiciais para empresas e cidadãos.
De acordo com os mapas, 16% dos ataques terroristas em 2018 visaram ou impactaram diretamente atividades empresariais. A Alemanha e a Grécia registaram o maior aumento de ataques terroristas concretizados e planos frustrados decorrentes da extrema-direita na Europa em 2018. Na Alemanha foram registados 22 incidentes entre 2016 e 2018, o dobro de anos anteriores. No sentido inverso, Espanha foi um dos países europeus a registar uma melhoria no risco de terrorismo, tendo passado de “médio” para “baixo”.
Atualmente, 11 países da Europa têm partidos populistas no Governo. Estes detêm, em média, 22% dos votos em 33 países europeus. O sentimento anti-imigrante é um dos princípios centrais de muitos destes movimentos populistas, o que tende a fazer aumentar ainda mais o terrorismo de extrema-direita e a tensão social.
As conclusões dos Mapas de Risco indicam também que as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China estas afectarão significativamente os negócios dos americanos no próximo ano. De uma forma geral, a incerteza nas relações comerciais e o protecionismo extremo continuam a ser as principais fontes de risco para as empresas. O risco de interrupção da cadeia de abastecimento é uma preocupação crescente, mesmo nos países mais estáveis.
Os Mapas de Risco concluíram ainda que mais de dois terços dos países da África Subsaariana estão em risco de greves, tumultos e outros tipos de agitação civil, com um quarto deles em risco de sabotagem e ataques terroristas. Os investimentos na região são particularmente afetados durante as eleições, que são frequentemente pontos de inflamação para protestos disruptivos, inquietação e prolongada incerteza política. Em 2019 mais de 20 países na região têm eleições.
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