2024 vai ficar para a história como um ano decisivo para os projetos europeus de mobilidade aérea urbana e não é pelas melhores razões. Depois da Volocopter, é agora a vez da Lilium ser notícia porque não vai conseguir levar a bom porto o plano de lançamento do seu eVTOL. Pelo contrário, a empresa alemã fecha o ano a despedir 1.000 colaboradores e a confirmar o fim das operações.
Em dezembro do ano passado, a startup anunciava ter cumprido mais um marco no longo processo de certificação deste tipo de aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical, que prometem ser um ator de peso no transporte urbano do futuro.
Na verdade, prometem há muito e no conceito destes táxis aéreos têm sido investidos muitos milhões, mas os resultados demoram a chegar e os investidores começaram a cansar-se. Há um ano, a Lilium reiterou a intenção de dar início a um serviço com ligações regulares em 2025 para determinados trajetos, como a ligação entre Orlando e Miami, nos Estados Unidos. Não vai acontecer.
Um pouco à semelhança do que aconteceu com a Volocopter, a Lilium precisava de mais financiamento para seguir com o projeto, mas na última ronda de financiamento os investidores não responderam à chamada e a empresa ficou sem recursos para continuar.
Os despedimentos foram anunciados em primeira mão pelo site alemão Gründerszene, citado pelo TechCrunch. O co-fundador da companhia, Patrick Nathen, entretanto confirmou numa publicação no LinkedIn que a Lilium parou todas as operações e que não vai ser possível completar com sucesso o projeto, pelo menos na Lilium.
O primeiro teste de voo do eVTOL da Lilium aconteceu em 2017, mas a empresa começou atividade muito mais cedo, em 2014. Em 2019, a empresa alemã avançou para um protótipo mais evoluído, capaz de voar a 300 km/h, três vezes mais que o primeiro modelo, capaz de percorrer também 300 km em cada viagem.
Veja as imagens do Lilium Jet
Por conhecer está o destino da tecnologia desenvolvida pela empresa. No caso da Volocopter, que tem enfrentado o mesmo tipo de dificuldades e algumas notícias têm apontado como à beira da falência, a solução pode passar pela venda da tecnologia à chinesa Geely, dona de marcas como a Volvo ou a Lotus.
Esta informação começou a ser avançada há cerca de um mês, mas ainda não foi confirmada. As fontes que a veiculam dizem que os maiores problemas das empresas que investem nesta área estão nos custos da própria operação e das baterias. A complexidade do processo de certificação tem sido outro calcanhar de aquiles.
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