A startup portuense Didimo continua a expandir a sua plataforma de criação de avatares, ou como lhes chama, “humanos digitais”, que representam utilizadores nos ecossistemas virtuais. Numa primeira fase, os seus avatares procuravam experiências de aproximação dos consumidores às marcas dos seus clientes, mas a empresa continua a expandir o seu negócio.
A empresa lançou recentemente a sua plataforma de criação de avatares para programadores, mas tem vindo a fechar diferentes rondas de financiamento, primeiro com 6.2 milhões de euros no fim de 2019, reforçando no ano seguinte com mais uma ronda de 1 milhão de euros. A empresa partilhou os seus novos planos, salientando a contratação de talento internacional para se expandir na área de gaming e continuar a melhorar o uso de humanos digitais.
Veja na galeria alguns exemplos dos humanos digitais da Didimo
As novas contratações destacam competências mais aprofundadas no design, planeamento e suporte de personagens de jogos “à medida que a empresa lança importantes adições ao mundo da Realidade Virtual e do Gaming”, salienta no comunicado. A empresa tem previsto para lançar durante a Primavera corpos digitais de humanos. Até aqui, a empresa focava-se apenas na face dos utilizadores, mas espera que os corpos possam oferecer aos designers de jogos personagens com maior fidelidade e maiores capacidades de animação.
Entre as contratações encontram-se alguns perfis seniores, com bastante experiência na indústria do gaming e sector tecnológico. Sean Cooper é um Lead Platform e Developer SDK com mais de 30 anos de experiência no design de jogos e avatares, tendo passado pela Electronic Arts onde esteve envolvido nas séries 007 James Bond, O Padrinho, Battlefield e Dungeon Keeper. Também trabalhou no design e configurações na Unity. Na Didimo assume a liderança dos processos de desenvolvimento de alta-fidelidade e da criação de corpos.
Ainda no que diz respeito à contratação de artistas de personagens, Hai Phung é um sénior na vertente artística. Passou pela Browzwear, Industrial Light & Magic e Dimension. Está a ajudar a remodelar e automatizar o pipeline de arte de personagens 3D na Didimo, assim como o sistema de Deep Learning de IA par gerar avatares de corpo inteiro, que sejam capazes de trabalhar com ferramentas de animação e moda.
Por fim, Jamie Blyth, Lead Rigger, tem experiência na indústria cinematográfica, estando envolvido em sistemas de animação para filmes que foram premiados. Foi o responsável por trazer à vida personagens como o Smart Hulk e o Black Order nos dois filmes finais de Avengers: Infinity War e Endgame. Esteve envolvido em diversos outros filmes da Marvel e Disney, como Doctor Strange 2 (ainda por estrear), Guardians of the Galaxy Vol. 2 e outros. Na Didimo lidera o desenvolvimento de capacidades de animação, com produtos a serem lançados no próximo mês de março.
A plataforma da Didimo, segundo referiu anteriormente, inclui na atual versão um pipeline de nova geração, capaz de criar os avatares de alta qualidade, à escala e de uma forma rápida. A Didimo refere que entre as novidades, as suas características e capacidades são mais robustas, oferecendo animações, geometria e superfície. Além disso, o aumento da correção anatómica dos olhos e da boca. Também tem opções para a gestão dos ficheiros e outras ferramentas de suporte.
“Numa altura em que empresas de qualquer área, de retalho, a comunicação ou entretenimento, procuram criar relações próximas com os seus clientes através da personalização no mundo digital, os humanos digitais estão, rapidamente, a tornar-se uma importante ferramenta para alcançar resultados mais positivos”.
A fundadora e CEO da Didimo, Verónica Orvalho, salienta a satisfação da empresa estar a atrair talentos internacionais de liderança da indústria, com o seu crescimento. Reforça a adição dos corpos aos avatares, com novas capacidades de animações, capazes de melhorar a qualidade do produto final.
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