A última edição do Fórum Económico Mundial, que se realiza anualmente em Davos, serviu de palco à divulgação do mais recente Global Talent Competitiveness Index (GTCI). O estudo é da autoria do Grupo Adecco, especialista em recursos humanos, e foi desenvolvido em parceria com a Google e a INSEAD. Esta é uma ferramenta anual de benchmarking que classifica os países e as principais cidades com base na sua capacidade para desenvolver, atrair e reter talentos.
Este ano, o documento salienta que a falta de competências digitais está a aumentar a clivagem entre os países de altos rendimentos e o resto do mundo, uma vez que mais de metade dos habitantes das regiões que se incluem neste último grupo não possuem competências digitais básicas.
O índice continua a ser liderado pela Suíça, sendo que Portugal mantém a 28º posição num ranking que é composto por 132 países. Lisboa, por sua vez, caiu da 45º posição para a 62º, no ranking das cidades.
EUA, Singapura, Suécia, Dinamarca, Holanda, Finlândia, Luxemburgo, Noruega e Austrália são os outros nove países que compõem o top 10 de potências com o talento mais competitivo do mundo. Angola, Congo e Iémen ocupam, por esta ordem, os três últimos lugares da tabela.
Na liga das cidades, Nova Iorque lidera a tabela, seguida por Londres, Singapura, São Francisco, Boston, Hong Kong, Paris, Tóquio, Los Angeles e Munique.
A Adecco concluiu que apenas países de altos rendimentos figuram nos 25 primeiros lugares do índice. A distância entre estes e o resto do mundo está a acelerar, uma vez que apresentam melhores soluções no que toca a talento especializado em inteligência artificial, uma competência fulcral para a indústria moderna.
Alain Dehaze, CEO do Grupo Adecco, afirma que "ter o talento certo nunca foi tão crítico". Dehaze acredita que "em todos os níveis, os trabalhadores precisam de formação para aprimorar aquelas que são 'capacidades humanas' por excelência - adaptabilidade, inteligência social, comunicação, resolução de problemas e liderança", para que possam complementar as soluções tecnológicas disponíveis.
Na próxima década, o CEO acredita que haverá uma "revolução de requalificação com foco nas competências de fusão - permitindo que humanos e máquinas trabalhem em harmonia num modelo híbrido". Com isso em mente, o Grupo Adecco compromete-se a formar e "reciclar" cinco milhões de pessoas, em todo o mundo, até 2030 - dotando os indivíduos com competências futuras que lhes permitirão prosperar na era da IA.
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