
Recentemente, os Estados Unidos levantaram as restrições na venda de chips de IA da Nvidia para a China, numa decisão que foi saudada por Pequim. No entanto, a Administração do Ciberespaço da China manifesta agora preocupações acerca dos riscos de segurança dos chips H20, com a tecnológica a ter sido convocada para prestar explicações.
Em comunicado, citado pela imprensa internacional, a entidade afirma que os chips da Nvidia foram expostos a “graves problemas de segurança”, lembrando que, anteriormente, legisladores americanos defenderam que os chips exportados pelos Estados Unidos deviam incluir funcionalidades de rastreio e localização.
Em maio, o senador americano Tom Cotton apresentou uma proposta de lei que obrigaria o Departamento de Comércio dos Estados Unidos a exigir mecanismos de verificação nos chips de IA que estão sujeitos a restrições de exportação, avança a Reuters. O objetivo passa por limitar o acesso da China à tecnologia avançada desenvolvida nos Estados Unidos.
A Administração do Ciberespaço da China afirma também que especialistas americanos na área da IA revelaram que as tecnologias de rastreio e localização, assim como de desativação remota, dos chips da Nvidia já se encontram em estado avançado de desenvolvimento.
Recorde-se que, anteriormente, a Nvidia vendia uma versão do chip H100 desenvolvida especialmente para o mercado chinês, com o chip H20 a cumprir os limites de desempenho impostos pela Administração Biden.
No entanto, com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, os Estados Unidos passaram a exigir uma licença de exportação para os chips H20, submetendo a tecnologia a autorizações do Governo por alegados riscos à segurança nacional.
Os chips da Nvidia são altamente procurados não só por empresas tecnológicas chinesas, mas também por entidades militares, institutos de investigação em IA e por universidades do país.
Nos três meses após a implementação de restrições de exportação por parte dos Estados Unidos, estima-se que pelo menos mil milhões de dólares em chips avançados da Nvidia tenham sido enviados para a China, com o Financial Times a dar conta de um mercado negro processadores americanos no país.
Note-se que as autoridades chinesas têm acusado várias empresas tecnológicas americanas de representarem riscos de segurança. Em 2023, por exemplo, a China proibiu as operadoras das principais infraestruturas do país de usarem chips da Micron, alegando que uma análise tinha encontrado riscos de segurança graves.
A própria Nvidia também está a enfrentar uma investigação na China. No ano passado, a Administração Estatal para Regulação do Mercado anunciou que estava a investigar a tecnológica por suspeitas de violação da lei antimonopólio do país.
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