A Microsoft poderá enfrentar uma nova investigação antitrust na Europa. A investigação parte de uma queixa realizada em 2020 pelo Slack, que acusa a gigante tecnológica de usar a suite de aplicações de produtividade do Office para impulsionar a adoção do serviço Microsoft Teams.

De acordo com fontes a que o website Politico teve acesso, a Comissão Europeia tenciona avançar rapidamente com a investigação e está a preparar-se para notificar a empresa acerca dos problemas identificados no seu comportamento.

Nas últimas semanas, Bruxelas terá enviado pedidos a rivais e clientes de modo a recolher provas que sustentem a investigação. Em declarações ao website, um porta-voz da Comissão Europeia afirma que o processo de avaliação da queixa está a decorrer. Para já, a Microsoft ainda não se pronunciou sobre o caso.

Nos últimos anos, a relação entre o Slack e a Microsoft tem sido “tumultuosa”, sobretudo após a pandemia de COVID-19, que, com a ampla adoção do trabalho remoto, fez com que a quota de mercado do Teams aumentasse significativamente.

Embora Stewart Butterfield, CEO do Slack, tenha mencionado em 2020 que o Teams não era um serviço “rival”, em  documentação submetida anteriormente pela empresa junto da Securities and Exchange Commission (SEC) a tecnológica detalhava que a sua principal concorrente era a Microsoft.

Já em 2021, meses após a empresa ter submetido a queixa contra a Microsoft, Satya Nadella, CEO da gigante tecnológica, declarou numa entrevista à Bloomberg, que grande parte do sucesso do Slack se devia ao Windows.

Recorde-se que, ainda esta semana, a Microsoft apresentou os seus resultados financeiros relativos ao último trimestre de 2022, que revelaram uma queda de 12% nos lucros, que desceram para 16,43 mil milhões de dólares. Os resultados refletem a incerteza económica que a empresa enfrenta e que a levou a despedir recentemente 10 mil trabalhadores.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 10h20)